O que parecia ser um problema se transformou em uma questão de saúde mundial. O coronavírus assola o mundo e faz com que países parem e busquem alternativas para seguir e conseguir, mesmo sem saber quando, superar a pandemia. Contudo, em ano de Olimpíada o que era impensável começa a ser perguntado: Vão acontecer os Jogos Olímpicos?
Por conta de todos os avanços do COVID-19, competições de todas as modalidades sofreram cancelamentos ou adiamentos, deixando em aberto como seria a reta final do período de classificação para as Olimpíadas de Tóquio 2020. Além disso, por conta das restrições no contato social entre as pessoas, os atletas estão tendo que modificar todas as formas de treinamentos.
Apesar de tudo isso, o Comitê Olímpico Internacional, COI, veio a público nesta semana e confirmou não só que a edição de 2020 dos Jogos Olímpicos será realizada em Tóquio, como também garantiu que tudo seguirá e terá início em 24 de julho. A pergunta que fica é: Porque essa decisão?
Além de toda a questão contratual entre os patrocinadores e o comitê organizador, logística para reparar as pessoas que estariam na Ásia para assistir a edição dos jogos, precisamos voltar e ver a Carta Olímpica. O documento é uma espécie de constituição, estatuto que é seguido pelo COI, e informa em um de seus itens que a edição dos Jogos Olímpicos começa a ser comemorada no ano I de cada ciclo, no caso de Tóquio 2017, e se encerra no quarto, levando-se em conta o Japão, que será 2020.
Com isso, a edição que está programada para acontecer em julho deste ano pode ser alterada de data, dentro ainda de 2020, tendo como dia limite para o seu fim 31 de dezembro, mas não poderia ter seu ano de realização mudado.
Alternativa que levaria a Olimpíada para outro ano
Pela forma como está avançando pelo planeta, o COVID-19 deixou o mundo de uma forma que há décadas não se via. Com base nisso, há quem argumente que é possível que o Comitê Olímpico Internacional pense de maneira diferente e, desta vez, aceite a alteração e pense em uma maneira para que a Olimpíada espere a situação com o coronavírus melhore e realize o maior evento esportivo do planeta em outra data.
Contudo, levando-se em conta que a Carta Olímpica tem mais de 120 anos de existência e sempre foi respeitada e cumprida à risca, tirando no momentos de guerras mundiais, a forma de que os Jogos Olímpicos não aconteçam em 2020 é o conselho do COI se reunir e, por conta da situação no mundo, optar pelo adiamento.
O Comitê Olímpico Internacional é composto por uma Assembleia, o Conselho Executivo, que possui um presidente, quatro vice-presidentes e outros dez membros, e o Presidente do comitê. Em casos extremos, o COI reúne sua cúpula e toma a decisão, que neste caso seria o adiamento da edição da Olimpíada para outro ano.
Vale lembrar que, apesar de todos os fatores de saúde e globais que o coronavírus colocou o planeta, essa decisão envolve diversos fatores esportivos, econômicos, de logística, de preparação e, por conta deles, é provável que seja tomada somente com a data prevista de início, dos Jogos Olímpicos, 24 de julho, estiver mais próxima.
