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Tóquio 2020

Crescimento e igualdade: teremos uma rainha em Tóquio

Depois de Phelps e Bolt, o Japão tem tudo para coroar uma rainha na edição Olímpica com maior igualdade de gênero até hoje

Dia Internacional da Mulher - Rainhas Olímpico

Demorou 124 anos, mas vai acontecer. Pela primeira vez na história, desde a edição inaugural dos Jogos Olímpicos da Era Moderna em 1896, a maior competição esportiva do mundo terá quase o mesmo número de atletas mulheres e homens. Isso porque Tóquio será palco do recorde de participação feminina em Olimpíadas, chegando a quase 50%, com estimativa de 48,8%. 

As mulheres vêm ganhando seu devido espaço no mundo olímpico e a prova disso é a sequência de dez aumentos consecutivos na participação feminina em Olimpíadas. A cada edição, o recorde é batido: em Los Angeles 1984, elas eram 23%. Em Londres 2012, já eram 44,2%. No Rio, a porcentagem foi 45,5% e agora quase metade dos competidores na capital japonesa será mulher. 

Os Jogos Olímpicos no Japão terão ainda o maior número de eventos femininos da história. Desde Londres 2012, as mulheres disputam todas as modalidades do programa olímpico e em 2020, inclusive, o número de eventos masculinos vem diminuindo para incluir categorias femininas, como é o caso da canoagem e do remo, por exemplo. Além disso, o número de eventos mistos dobrou de nove na Rio 2016 para 18 em Tóquio.

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Coroa delas?

As últimas edições dos Jogos Olímpicos foram marcadas pelo domínio de duas lendas do esporte mundial: Michael Phelps e Usain Bolt. Em Tóquio 2020, porém, pela primeira vez, a maior competição do planeta poderá ter uma rainha. 

Sem o nadador e o velocista, a ginasta Simone Biles é a mais cotada a assumir a coroa. A fenômeno de 22 anos vai disputar sua segunda edição de Olimpíada e já soma cinco medalhas, quatro de ouro e uma de bronze, todas conquistadas na Rio 2016. Além disso, a estadunidense tem nada menos que 19 ouros em Mundiais de ginástica artística e segue muito a frente de suas adversárias, o que leva a crer que ela vai dominar a competição e somar mais títulos ao seu já impressionante currículo.

Foto: Danilo Borges /ME /Brasil2016

Mas além de Biles, pelo menos mais três atletas chegam com status de realeza a Tóquio em busca da coroa nos Jogos Olímpicos. Na natação, Katie Ledecky sobra e com os mesmos 22 anos, ela vai para sua terceira Olimpíada. Em Londres 2012, ela surpreendeu a todos o ouro nos 800m livre com apenas 15 anos. Nos Jogos seguintes, no Rio, ela foi a atleta mulher mais vencedoras, tendo conquistado quatro ouros e uma prata.

Além disso, Ledecky soma anda 15 medalhas de ouro em Mundiais, marca jamais alcançada por nenhuma outra atleta da modalidade, e 14 quebras de recordes mundiais ao longo da ainda breve carreira.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Ainda nos Estados Unidos, a velocista veterana Allyson Felix vai disputar os Jogos Olímpicos pela quinta vez, e aos 34 anos, vai em busca de sua décima medalha olímpica. Ela é única atleta a ganhar seis medalhas de ouro no atletismo olímpico, duas conquistadas na Rio 2016, e ainda tem mais três pratas na conta. Além disso, a atleta tem no currículo 16 pódios em Mundiais de atletismo, subindo 12 vezes ao lugar mais alto dele, e mais um ouro no Mundial indoor de 2010. 

Felix também se orgulha em ser integrante do “Projeto Acredite”, da Agência Anti-Doping dos Estados Unidos, se submetendo regularmente por conta própria a testes anti-doping, para assegurar que seu organismo é livre de substâncias proibidas, favoráveis à performance esportiva.

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Por fim, mas não menos importante, a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce também disputa a coroa de rainha dos Jogos Olímpicos. Considerando Olimpíadas, Campeonatos Mundiais e Mundiais Indoor, a veterana de 33 anos tem um total de 18 medalhas, doze delas de ouro. Em Tóquio, ela vai em busca do tricampeonato olímpico, depois de não ter subido ao posto mais alto do pódio na Rio 2016, ficando com uma prata e um bronze.

Foto: Erik van Leeuwen

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