O Comitê Olímpico do Brasil (COB) lançou nesta segunda-feira, dia 10, o processo de seleção para a inclusão de novos integrantes no Hall da Fama da entidade. Criado em 2018 com o objetivo de exaltar, difundir e eternizar aqueles que fazem a história do Movimento Olímpico do país, o Hall da Fama do COB já possui 14 homenageados, entre atletas e treinadores de modalidades olímpicas. Em 2020, serão dez novos integrantes.
As indicações dos candidatos podem ser feitas pelas Confederações Brasileiras Olímpicas através de um formulário eletrônico, disponível no site do COB até 6 de março. Cada entidade pode indicar um nome, seja de atleta ou treinador em qualquer modalidade, enquanto o COB pode compor as sugestões com cinco indicações.
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Os novos integrantes serão homenageados por diferentes ações de reconhecimento, deixando suas marcas eternizadas em moldes de pés ou mãos (os homenageados póstumos terão imagens das faces), em eventos do COB ao longo do ano. Na sede do Centro de Treinamento do Time Brasil, no Rio de Janeiro, haverá um mural do Hall da Fama com esses moldes – disponíveis à visitação –, além de um espaço com perfis, conquistas, fotos e vídeos no site oficial do COB.
“O Hall da Fama é uma iniciativa do COB que visa eternizar aqueles que ajudaram a construir a história olímpica do Brasil, além de ocupar essa lacuna de reconhecimento e valorização de ídolos do esporte do país. Nosso objetivo é ressaltar os feitos e glórias dos grandes atletas e treinadores brasileiros”, ressaltou Paulo Wanderley, presidente do COB.
Estão elegíveis ao processo de seleção para o Hall da Fama atletas que tenham participado ao menos de uma edição de Jogos Pan-americanos e finalizado carreira há cinco anos ou mais. Para treinadores, é necessária a participação em pelo menos uma edição de Jogos Pan-americanos e ser atuante no esporte de alto rendimento há dez anos.
As personalidades do esporte serão eleitas por uma comissão avaliadora, a partir de um processo com critérios, procedimentos e prazos estabelecidos em edital. A eleição seguirá critérios, como: participação de destaque em Jogos Pan-americanos ou Jogos Olímpicos; promoção do Olimpismo; e vivência, ao longo da carreira, dos valores olímpicos (respeito, coragem, igualdade, determinação, superação e busca por excelência), inspirando as novas gerações.
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Em sua primeira edição, em dezembro de 2018, o Hall da Fama homenageou durante o Prêmio Brasil Olímpico os seguintes atletas: Torben Grael (vela), maior medalhista olímpico do Brasil; a dupla Sandra Pires e Jackie Silva (vôlei de praia), primeiras brasileiras a ganharem medalhas de ouro nos Jogos; e o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima (atletismo), único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do Movimento Olímpico.
Já em 2019, o Hall da Fama do COB ganhou mais dez ídolos: Chiaki Ishii, primeiro medalhista olímpico do judô brasileiro, em Munique 1972; Hortência e Paula, campeãs mundiais de basquete em 1994 e prata em Atlanta 1996; Joaquim Cruz, campeão olímpico de atletismo nos 800m em Los Angeles 1984 e prata nos 800m em Seul 1988; os já falecidos Guilherme Paraense (tiro esportivo), primeiro medalhista de ouro olímpico do Brasil na história dos Jogos Olímpicos (Antuérpia 1920); João do Pulo, duas vezes medalhista de bronze olímpico no atletismo; Maria Lenk (natação), primeira mulher sul-americana a disputar os Jogos Olímpicos, em Los Angeles 1932; Sylvio de Magalhães Padilha, primeiro sul-americano a disputar uma final olímpica no atletismo, em Berlim 1936; e os treinadores de vôlei Bernardinho, bicampeão olímpico; e José Roberto Guimarães, tricampeão olímpico.