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Natação

Nadador Tetsuo Okamoto é eleito para o Hall da Fama do COB

Primeiro medalhista olímpico da natação brasileira, Tetsuo Okamoto agora faz parte de grupo seleto do Comitê Olímpico do Brasil

Tetsuo Okamoto, da natação, entra para o Hall da Fama do COB
Tetsuo Okamoto (1957) (Wikicoomons/Arquivo Nacional)

Tetsuo Okamoto, primeiro medalhista olímpico da natação brasileira, entrou nesta terça-feira (28) para o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil. O anúncio foi feito pelo COB que, além do nadador brasileiro, já falecido, elegeu mais nove atletas históricos do país para o seleto grupo de heróis olímpicos.

Medalhista olímpico em Helsinque-1952, Tetsuo Okamoto começou a nadar aos sete anos, em Marília, no interior de São Paulo. Asmático, recebeu recomendação de seu médico para iniciar na natação. Aos 15 anos, ele foi convidado a integrar a equipe do Yara Clube de Marília.

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Depois de um intercâmbio com japoneses, Tetsuo mudou seu treinamento e tornou-se campeão paulista e brasileiro, estabelecendo novo recorde brasileiro nos 400m livre. Os resultados garantiram a presença de Okamoto nos Jogos Pan-Americanos de 1951, em Buenos Aires.

Recorde no Pan de 1951

No Pan, Tetsuo conquistou duas medalhas de ouro (400 m e 1500 m livre), além de uma medalha de prata (4 x 200 m livre). Ele também estabeleceu o novo recorde sul-americano nos 1500 m livre em Buenos Aires.

Mesmo com as conquistas de 1951, Tetsuo chegara aos Jogos Olímpicos de 1952 sem tanta confiança. Ele viu Sylvio Kelly quebrar seus recordes sul-americanos nos 800m e 1500m livre, além de ter treinado menos do que o habitual por conta do forte inverno que atingiu a cidade de Marília.

Já em Helsinque, porém, Tetsuo encontrou uma piscina aquecida e retomou seu ritmo de treinos para os Jogos Olímpicos, onde nadou os 1500m livre para 18m51s3 e conquistou a medalha de bronze, a primeira da história da Natação do Brasil.

Tetsuo Okamoto, bronze na natação em Helsinque 1952, entra para o Hall da Fama do COB
À esquerda Shiro Hashizume do Japão, ao centro Ford Konno dos Estados Unidos e à direita Tetsuo Okamoto do Brasil. Podium da sensacional final dos 1500 metros dos Jogos Olímpicos de Helsinque de 1952 (Arquivo/CBDA)

Hall da Fama do COB

Criado em 2018, o Hall da Fama homenageou em sua primeira edição, no Prêmio Brasil Olímpico, o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin; o velejador Torben Grael, maior medalhista olímpico brasileiro; e a dupla de vôlei de praia Sandra Pires e Jackie Silva, primeiras campeãs olímpicas brasileiras.

Este ano, devido à pandemia do novo coronavírus, o COB realizou o processo de eleição dos novos integrantes do Hall da Fama totalmente online. Os integrantes da Comissão Avaliadora receberam virtualmente os formulários de votação, e a reunião ocorreu por meio de videoconferência.

A comissão foi formada por sete membros da diretoria do COB; dois integrantes da Comissão de Atletas do COB; quatro do Conselho de Administração do COB; e apenas um dos representantes nacionais do Comitê Olímpico Internacional (COI), Andrew Parsons. Já Bernard Rajzman, que também estaria apto a participar, acabou sendo excluído do processo de eleição para evitar conflito de interesses.

+ COB elege dez novos homenageados ao Hall da Fama em 2020

Os novos integrantes do Hall da Fama participarão de cerimônias organizadas pelo COB na qual deixarão as marcas de suas mãos ou de seus pés em moldes que, posteriormente, serão expostos em um espaço exclusivo no Centro de Treinamento Time Brasil, localizado no Parque Aquático Maria Lenk, Rio de Janeiro. No caso de Adhemar Ferreira da Silva e Tetsuo Okamoto, já falecidos, haverá homenagens póstumas.

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