Em tempos de limitações dos treino por causa das restrições impostas pela pandemia de coronavírus, a adaptação tem sido fundamental para os atletas. Com vaga garantida na Olimpíada de Tóquio 2020, a multicampeã da maratona aquática, Ana Marcela Cunha, tem dado seu jeito para se manter em alto nível apesar da quarentena.
Com a proibição do uso de piscinas imposta pelas autoridades brasileiras para evitar, assim, a disseminação do coronavírus, a atleta está “nadando no seco”. Isso porque Ana Marcela conseguiu a um equipamento ergonômico no qual é possível simular a movimentação do nado e o esforço na piscina.
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“Solicitamos e conseguimos do COB (Comitê Olímpico do Brasil) um VASA, equipamento que coloca o atleta na horizontal, mesmo sentido em que ele aplica a força na água. Esse aparelho tem adaptações de elásticos e cada intensidade gera uma tração. Então você consegue fazer séries por tempo, com número de repetições, com mais intensidade de potência, de resistência…”, explicou Fernando Possenti, técnico de Ana Marcela.
“A maioria dos esportes é no meio terrestre e na vertical, o nosso é no líquido e na horizontal. Então é complicado treinar fora d’água. O que fizemos foi nos cercarmos do maior número possível de aparelhos que ela pudesse ter em casa”, acrescentou.
Adiamento dos Jogos e volta das competições
O técnico de Ana Marcela acredita que o adiamento de Tóquio 2020 por causa do coronavírus foi inevitável e que os reflexos disso sobre os atletas ainda não estão completamente definidos. “Vai afetar cada um de maneira diferente, tem relação com a especificidade do esporte, com a idade do atleta. A questão para avaliar isso não é presente, é futura: quanto tempo mais isso vai durar? O impacto é proporcional ao tempo que ficarmos nessa situação. Mas conhecendo a Ana, vendo como ela está reagindo, se cuidando, fazendo todos os exercícios que o preparador físico passa e mais um pouco, acho que ela vai se manter bem”, ressalta.
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Ana Marcela também está confiante. “Neste período de pandemia do coronavírus estou conseguindo me exercitar diariamente. Não vejo a hora de voltar aos treinos regulares e poder me preparar melhor para competir em nível mundial. Até porque a FINA já reagendou algumas provas do Circuito Mundial de 2020 para o segundo semestre e quero ir com tudo para brigar por mais um título”, completou a dona de 11 medalhas mundiais.
A retomada das competições internacionais ainda está indefinida. O primeiro evento previsto no calendário da Fina (Federação Internacional de Natação) atualmente é o Mundial Junior de Águas Abertas. O torneio es´ta marcado para 22 a 24 de agosto, em Seychelles, arquipélago na costa da África.