Melhor notícia impossível para quem aguarda a realização da Olimpíada de Tóquio no ano que vem. Neste domingo (5), Yuriko Koike foi reeleita para o cargo de governadora de Tóquio pelos próximos quatro anos.
Alguém pode estar perguntando o que uma reeleição de um governante tem a ver com um evento esportivo ser ou não realizado. Eu mesmo respondo: neste caso específico, tem tudo a ver.
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Entre os concorrentes da governadora reeleita, dois pelo menos defendiam o cancelamento definitivo da Olimpíada de Tóquio. O ex-ator japonês Tarõ Yamamoto afirmou em campanha que priorizaria o cancelamento dos Jogos caso fosse eleito. Outro defensor de abandonar de vez o sonho de receber os Jogos Olímpicos era Kenji Utsunomiya, ex-presidente da Federação de Advogados japoneses.
Certamente os dois se apoiavam em recentes pesquisas de opinião feitas pela imprensa e que mostravam uma posição mais conservadora da população de Tóquio. Pouco mais da metade (51,7%) dos entrevistados pedia um novo adiamento ou mesmo cancelamento do evento. Tudo em razão dos efeitos da pandemia do coronavírus. Somente 15% querem os Jogos acontecendo normalmente em 2021, segundo esta pesquisa.
Mas estes números aparentemente não se refletiram nas urnas. Resultados não oficiais mostram que Yuriko Koike, de 67 anos, teve 55% dos votos válidos, bem mais do que os quatro demais candidatos. Em 2016, ela foi a primeira mulher a ser eleita para governar Tóquio.
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Se a vitória dela traz um pouco de conforto entre quem trabalha na organização de Tóquio-2020, isso não significa que a Olimpíada acontecerá de qualquer maneira, fora dos padrões de segurança que os novos tempos exigem. Preocupada com os efeitos de uma possível segunda onda da pandemia, Koike já declarou que o combate ao coronavírus ainda é sua prioridade.
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Yuriko Koike também já avisou que não existe “plano B” para Tóquio em relação a um possível novo cancelamento e já se mostrou favorável para que os Jogos ocorram e uma forma mais simplificada, mesmo que isso implica em cortes de gastos ou até de eventos. Entre eles, o revezamento da tocha olímpica ou as cerimônias de abertura e encerramento.