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Portela se recupera no ano com prata no Grand Slam da Rússia

Maria Portela ficou com o vice-campeonato no Grand Slam, recuperando-se de campanhas ruins em Paris e Dusseldorf. Eduardo Barbosa sai com um quinto lugar, melhor resultado dele nesse tipo de torneio

Foto: IJF - arquivo

A brasileira Maria Portela ficou com a medalha de prata do Grand Slam da Rússia, neste sábado. O resultado marca recuperação, pois ela havia caído nas estreias dos Slams anteriores, Paris e Dusseldorf. Além disso, volta ao pódio dessa classe de torneio após um ano, já que o último havia sido o ouro justamente nos tatames russos.

O Grand Slam é o terceiro torneio da FIJ em relevância, ficando atás somente do mundial e do Masters. Esses dois últimos ocorrem apenas uma vez ao ano.

Cada Slam dá mil pontos no ranking mundial para o campeão e mais 700 para o vice, então tem bastante peso na corrida por Tóquio 2020. Quem conquista o bronze soma 500 e, por outro lado, quem perder a luta do bronze recebe 360. Por fim, dá 260 para os sétimos e, pela ordem, 160, 120 e 100.

Campanha de Maria Portela

Maria Portela (70kg) perdeu a final para a francesa Marie Eve Gahie, cabeça-de-chave número 1 do torneio e atual vice-campeã mundial (veja a chave da categoria).

Nas quartas, derrotou a britânica Sally Conway (assista abaixo), bronze no Rio2016 e campeã em Dusseldorf este ano. A brasileira dominou a luta do começo ao fim. Marcou um waza-ari ainda no primeiro minuto e, logo depois, quase matou a luta com um belo ashi-waza. Conway foi projetada, mas conseguiu virar de frente antes de cair. Além disso, por mais de uma vez foi eficiente no solo e quase conseguiu aplicar o osaekomi na britânica.

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Logo depois, em uma luta bem travada contra Shiho Tanaka, venceu no hansoku-make após a japonesa cometer um erro quando ambas já tinham duas punições.

Eduardo Barbosa tem melhor resultado em Slams

Eduardo Barbosa (73kg) também fez boa campanha na Rússia, a melhor dele em um Grand Slam. Saiu com o quinto lugar após disputar, e perder, a medalha de bronze para Behruzi Khojazoda, do Tajiquistão. A luta foi parelha, com o brasileiro tendo chances de vencer. Acabou sofrendo um waza-ari “chorado” no golden score.

Foi a primeira medalha daquele país em Grand Slams.

Antes, Barbosa passou pelo marroquino Ahmed El Meziati na estreia e por Ishen Amanov, do Quirguistão, logo a seguir. As quartas-de final foram contra o russo Evgenii Prokopchuk, credenciado por ter eliminado nada menos que Lasha Shavdatuashvili na primeira rodada. O georgiano, além de primeiro cabeça-de-chave do torneio, foi campeão olímpico em Londres12 e bronze no Rio16.

O brasileiro bateu Prokopchuk em pouco mais de um minuto de luta com um tai-o-toshi perfeito.

Na semifinal parou na poderosa ashi-waza do campeão olímpico Fábio Basile. Fez uma luta parelha contra o italiano, que, reconheçamos, foi melhor.

Barbosa contra o campeão olímpico Fábio Basile (foto: Marina Mayorova/IJF)

Yudy, Castilhos, Contini e Quadros

Nos 63kg o Brasil não passou da primeira luta. Aléxia Castilhos perdeu para a cazaque Iolanta Berdybekova por dois waza-aris, consequentemente um ippon. Ketleyn Quadros foi derrotada por uma chave de braço aplicada pela russa Valentina Kostenko.

Foi o terceiro Grand Slam de Quadros no ano e ela só ganhou uma luta, em Dusseldorf. Nunca é demais lembrar que ela é a primeira brasileira a ganhar uma medalha olímpica individual, em Pequim 2008.

Eduardo Yudy venceu uma, na segunda rodada, e parou nas oitavas diante do holandês Frank de Wit, primeiro cabeça-de-chave e bronze no Masters de Guangzhou no ano passado. Já Contini perdeu para Baktur Rysmambetov, do Quirguistão, na primeira luta.

Sexta e domingo no Grand Slam da Rússia

Na sexta-feira, primeiro dia do torneio, o Brasil lutou com Eric Takabatake e Phelipe Pelim (60kg), Daniel Cargnin (66kg), além de Nathália Brígida (48kg), Sarah Menezes e Eleudis Valentim (52kg) e Rafaela Silva (57kg).

No domingo tem Mayra Aguiar e Samanta Soares (78kg) e Beatriz Souza e Maria Suelen Altheman (+78kg). No masculino, Eduardo Bettoni (90kg) e Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves e Rafael Buzacarini (100kg) e Rafael Silva e David Moura (+100kg).

O Planeta Ippon disponibiliza a transmissão ao vivo em vídeo do bloco final. Além disso, traz informações sobre tudo o que acontece na competição. Acompanhe.

 

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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