Alana Maldonado chega a Lima no auge de sua carreira. Campeã mundial em 2018, a judoca foi eleita a melhor atleta paralímpica do país e quer a partir desta edição dos Jogos Parapan-Americanos ir atrás de títulos que faltam em sua galeria. No Parapan de 2015 e na Paralimpíada de 2016, ela ficou com a medalha de prata. As duas derrotas sofridas em finais ainda mexem com a atleta.
“Doeu muito. A derrota em Toronto 2015 e a do Rio de Janeiro me doeram muito, mas cresci. Espero conquistar meu primeiro ouro em Jogos Parapan-Americanos aqui em Lima e espero fazer uma boa competição neste meu segundo Parapan. A estrutura está incrível, estão proporcionando sempre o melhor para nós então espero que o resultado venha”, comentou Alana Maldonado.
Desde a prata nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto em 2015, muita coisa mudou na vida de Alana Maldonado. Então com apenas 20 anos, a atleta estava há poucos meses na Seleção Brasileira de judô paralímpico. Agora, a capital peruana recebe uma atleta completamente diferente. “Mudou muita coisa, são quatro anos. Eu vejo que tomei decisões muito importantes neste ciclo. Me mudei para São Paulo, comecei realmente a ter uma rotina de atleta profissional, mudei muito realmente. Aquela Alana de Toronto não existe mais”, disse a judoca.
Reta final visando Tóquio
O primeiro objetivo é ganhar a medalha de ouro no Parapan, mas assim que a competição terminar, Alana Maldonado vai em busca do lugar mais alto do pódio na Paralimpíada. Para os Jogos do Rio, ela teve apenas um ano e meio de preparação. Já para Tóquio ela teve o ciclo todo dedicada a obter o melhor resultado possível no Japão.
“Hoje eu sou uma outra atleta, amadureci e cresci muito como judoca e tudo veio no tempo certo, tudo aconteceu quando tinha que acontecer. Eu consegui alcançar a maioria dos meus objetivos. Estamos na preparação para Tóquio, faltando cerca de um ano para a Paralimpíada, espero conquistar meu ouro aqui e o ouro ano que vem lá no Japão”, comentou Alana
Com 24 anos e vindo dessa ascensão gigante nos últimos anos no cenário mundial, a judoca brasileira não tem uma meta específica, palpável. Alana Maldonado tem um desejo que a seguirá até quando decidir pendurar o quimono. “Espero estar a milhão. Melhor do que hoje, como foi no ciclo de 2015 para Lima, mais completa. E que assim seja, sempre melhorando, até eu encerrar a carreira”, finalizou a atleta.