Foi por pouco. O brasileiro Marcelo Suartz conquistou a medalha de prata no boliche nos Jogos Americanos de Lima 2019 nesta terça-feira (29), perdendo a medalha de ouro para o americano Nicholas Pate por apenas um pino de diferença, 190 a 189.
Marcelo Suartz buscava o bicampeonato, depois de ter sito campeão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015. Na ultima jogada da noite, bastava ao brasileiro derrubar nove pinos para colocar o ouro no peito. Mas por um capricho, só sete caíram. “Eu sei que eu vou pensar nisso dezenas de vezes até entrar no meu consciente para eu mudar depois. Eu precisava de nove pinos ou strike para ser bicampeão pan-americano, mas eu não me arrependo de nada. Dei o meu melhor e estou aqui com a prata, minha terceira medalha de Pan”, afirmou Marcelo Suartz, se referindo à medalha de bronze que ele ganhou em Guadalajara 2011 e ao ouro conquistado em Toronto 2015.
Apesar de Marcelo Suartz valorizar a medalha conquistada, não há como negar a dor no coração por perder o ouro por apenas um ponto. “Muito próximo, cara. É que nem natação você tem o décimo, um ponto no vôlei, um gol no futebol e é um pino no boliche”, lamentou. “Ali eu entrei literalmente em choque. Segundos depois, minutos depois você começa analisar tudo o que você fez para chegar até aqui, todos os treinos, aquele dia que você estava com dor de cabeça absurda e foi treinar… Não tenho ajuda de governo, não tenho patrocínio, não tenho nada… Eu gasto do meu bolso, do meu dinheiro, da minha empresa. Você vai lembrando de tudo isso e aí você fica se perguntando se valeu a pena e aí o que vale a pena não é a medalha. O que vale a pena é o caminho que você percorre para chegar até ela”, analisou.
Marcelo Suartz fez questão também de salientar o que ele considera ter sindo fundamental para ele ter chegado à medalha mesmo tendo pela frente uma competição de nível muito alto como foi o torneio de boliche dos Jogos Pan-Americanos. “O que me deixou chegar até aqui foi completamente a parte mental. Eu me preparei muito bem mentalmente, parte de meditação, parte de visualização, de auto-hipnose, ficar no presente… Isso daí foi fundamental para eu conseguir essa medalha”, garante.
Apesar disso, Marcelo Suartz admite que no momento decisivo não foi fácil se manter concentrado. “Teve um pouco de ansiedade ali, que eu tentei controlar com respiração e alguns outros exercícios. A pista estava mudando muito ali para a estratégia de jogo, a gente realmente não sabia qual era a posição certa ou o ângulo certo para fazer strike e, na última bola a gente mudou, a gente fez uma mudança. E a mudança acabou não dando certo. Troquei de bola na última linha, mas acho que tem que arriscar. Quem não arrisca, não petisca, mas não me arrependo de nada porque dei o meu melhor”, finalizou.
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