Parceria e sintonia entre o cavalo e seu cavaleiro são condiçãões imprescindíveis no hipismo. Para o cavaleiro Yuri Mansur, 41, a égua Babylotte, agora aposentada, foi uma das grandes responsáveis pelos pontos altos de sua carreira.
“Quero agradecer a todos que estiveram conosco por mais de cinco anos e nos ajudaram a realizar meus sonhos”, escreveu Yuri ao se despedir de sua companheira.
Costuma-se dizer que 70% do resultado depende do cavalo e outros 30% do cavaleiro. Sem dúvida a qualidade do animal aliada a expertise do cavaleiro se refletem nos resultados desde a base até o mais alto rendimento.
“Eu teria amado terminar sua carreira com um resultado melhor, mas infelizmente não foi possível”, destacou Yuri.
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Ano mágico
Foi com Babylotte, uma sela holandesa filha de Dollar du Murier em Ulotte, hoje com 14 anos, que Yuri Mansur foi campeão do GP 5 estrelas de Hickstead em 2017 e integrou a equipe que conquistou a inédita medalha de ouro na Copa das Nações no mesmo ano do centenário concurso irlandês.
Ainda em 2017, Yuri e Babylotte integraram a equipe medalha de prata na Copa das Nações 5 estrelas de Calgary, no Canadá.
Em 2017, Babylotte e Yuri Mansur disputaram nada menos que 52 provas internacionais com importantes classificações, incluindo GPs da Copa do Mundo e Copa das Nações.
A despedida
No ano seguinte, Babylotte acabou sofrendo uma lesão no tendão. Entre idas e vindas, disputou 19 provas em 2018, apenas cinco em 2019 e estava em plena forma na retomada das competições em 2020.
“Depois de dois anos e meio de muita luta e esforços, parecia que havíamos vencido a batalha. A Babylotte retornou às pistas e como sempre lutou pelo zero. Mas depois do percurso, em que ela saltou tão bem, saiu da pista sentido muita dor e infelizmente o pior havia acontecido: uma nova lesão no mesmo tendão.”
Em 23 de julho, Yuri e Babylotte fizeram um belo percurso a 1,45 m, válido como esquenta para o GP no Concurso Internacional 3 estrelas em Lier, na Bélgica.
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Mas no mesmo dia, Babylotte apresentou forte dor em dos seus anteriores, onde já havia sofrido uma lesão no tendão. Mediante a situação, Yuri decidiu pela aposentadoria de sua égua.
“Se a minha carreira terminasse hoje eu estaria muito feliz. Obrigado Baby por Hickstead, Calgary e todas as participações em GPs 5 estrelas e ainda por ter figurado entre os 12 melhores conjuntos do mundo. Mas, principalmente, em ter tornado os meus dias mais felizes nos últimos cinco anos, me ensinado tanto e por me mostrar que sonhos se realizam!”