Uma das personagens mais emblemáticas da seleção brasileira, Formiga falou nesta sexta-feira (2) sobre o retorno à equipe. Ela explicou que, dois anos após o anúncio da aposentadoria da seleção, o técnico Vadão pediu para que ela voltasse.
“O Vadão falou sobre a dificuldade de não ter uma jogadora na minha posição para repor e precisava bastante da minha ajuda. Eu vi que realmente há carência em relação a isso e eles precisavam de mim. Eu, do jeito que sou pelo futebol feminino, aceitei e falei para ele que eu iria para ajudar até a Copa América”, disse. No entanto, ela deixou claro que a decisão da aposentadoria continua de pé. “Depois dali, eu não sei se eu continuo, mas é bem provável que não. A minha decisão foi definitiva mesmo.”
Formiga é a atleta que mais vestiu a camisa da seleção brasileira, tanto no feminino quanto no masculino. Ela joga pela canarinha há 22 anos e, junto com a japonesa Homare Sawa, é a atleta que mais disputou Copas do Mundo: foram seis. Agora, ela espera poder passar um pouco mais da experiência para as atletas mais jovens.
“Essa marca pessoal é maravilhosa para mim. Não só para mim, mas para o futebol feminino é importante. Espero que outras meninas também consigam atingir isso e que a gente possa elevar ainda mais o nome da modalidade”, apontou.
Preparação
Formiga e a seleção brasileira se preparam para a disputa da Copa América. Elas dividem o CT da Granja Comary, em Teresópolis, com a seleção feminina sub-17. A equipe de base disputará o Sul-Americano da categoria entre 7 e 25 de março. Para Formiga, o intercâmbio entre gerações é fundamental.
“A nossa presença é muito importante para essas meninas novas. Nossa experiência pode tranquilizá-las e deixá-las bem à vontade para jogar o futebol que elas sabem. Fazer com que elas acreditem que podem continuar aqui e atingir outros patamares na vida é o nosso papel”, concluiu.