Estrela do Palmeiras e da seleção brasileira, a atacante Bia Zaneratto hoje é um dos nomes mais importantes do futebol feminino no Brasil. No entanto, muito se engana quem acredita que essa realidade boa sempre acompanhou a carreira da atleta.
Em live realizada ao lado da ex-jogadora Aline Pellegrino, que atualmente atua como Diretora de Futebol Feminino da FPF (Federação Paulista de Futebol), Bia Zaneratto relembrou os difíceis momentos iniciais na carreira, inclusive quando atuou ao lado da defensora no Santos em 2010.
“Ali no Santos não tem o que falar. Você e a Fran super me ajudaram. Lembro que, no início, era umas 40 meninas e, desde que comecei, tinha oportunidade de estar jogando com vocês. Foi algo muito especial, porque era o time do momento, todo mundo queria chegar no Santos. Foi muito gostoso o acolhimento que tive de vocês e também ter tido espaço para poder jogar, ter um bom ambiente de trabalho ajudava bastante”, avaliou a atacante.
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No entanto, um ano após a passagem pelo clube da baixada santista Bia Zaneratto, então com apenas 17 anos, se mudava para Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, para vestir a camisa do Vitória das Tabocas. A atleta revela ter passado por diversas dificuldades no período, porém o sonho de se transformar numa estrela do futebol falou mais alto e contribuiu para que conseguisse passar por aquele momento.
“Eu amo o que eu faço, e aquela era a minha oportunidade, era o aqui e agora. A gente tinha umas às outras, então a gente chorava, dava risada. Teve muita coisa ruim na época, mas muita coisa boa também. A gente conseguiu levar o futebol feminino para lá, era um evento da cidade, algo que não tinha com o masculino. A gente conseguiu trazer essa cara nova, diferente para uma cidade tão atípica, porque era tudo muito simples, mas, ao mesmo tempo, muito acolhedor”, relembrou.
Hoje Bia Zaneratto já pode afirmar que superou estas dificuldades de início de carreira. Aos 26 anos a atleta já é uma das estrelas da seleção brasileira tendo participado de mais de 50 jogos, três edições de Copa do Mundo e uma Olimpíada.
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Palmeiras ou Wuhan?
No início da temporada, a atacante retornou ao Brasil para vestir a camisa do Palmeiras emprestada pelo Wuhan Xinjiyuan, clube chinês, que detém os direitos federativos da atleta desde o começo do ano.
Contratada pelo clube paulista por uma questão de oportunidade por conta da a pandemia do coronavírus, Bia Zaneratto hoje vive um período de incógnita e ainda não sabe se irá permanecer na equipe alviverde para o restante da temporada. Até o momento da paralisação das competições, a atleta havia participado dois jogos e balançou as redes nas duas oportunidades.
