Cinco meses de trabalho, sete jogos e nenhuma derrota. Esse é o desempenho de Pia Sundhage desde que assumiu o comando da Seleção Brasileira. Os resultados mostram uma evolução na equipe, mas o que vale mesmo é a opinião de quem está dentro do processo.
Após a goleada sobre o México nesta quinta-feira (12) na Arena Corinthians, as atletas do Brasil não pouparam elogios à nova comandante. Cristiane, inclusive, retornou ao time, recuperada de lesão, e pôde ter sua primeira experiência com a treinadora sueca.
“Fiquei feliz porque eu pude mostrar um pouco do meu trabalho para ela, isso é importante. Como eu falei para as meninas, ninguém vai se garantir por nome. Ela já deixou muito claro que não importa a idade, se é mais velha ou mais nova, ela vai procurar levar sempre quem estiver melhor. Ela faz todo mundo se sentir importante”, destacou a veterana do São Paulo.
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Além de Cristiane, Bia Zaneratto, que marcou três gols na vitória contra o México, e Tamires também exaltaram o trabalho feito por Pia. E a tônica do discurso das três é o foca da treinadora no sistema defensivo.
“Ela trabalha muito a parte tática. Ela fala que sabe que na parte ofensiva não precisa se preocupar, porque a gente tem muito talento, muita qualidade. E ela trabalha muito o sistema defensivo que, querendo ou não, é o nosso ponto fraco. Então ela vem com isso muito forte, algo que traz de fora, dos Estados Unidos, da Suécia, de marcar muito e ser muito forte fisicamente”, analisou Cristiane.
“É um trabalho muito intenso que a gente tem feito nos treinamentos. Ela cobra muito de nós a parte defensiva, que é nossa principal falha. E esse timing defensivo que ela cobra tem feito muita diferença. Porque a defesa não começa ali no meio-campo e atrás, na zaga. Não, a defesa começa lá no ataque. A gente tem trabalhado isso e vem melhorando cada dia mais”, acrescentou Bia.
Seguindo a mesma linha, Tamires concluiu com uma espécie de retrospectiva do que foi o ano da Seleção e destacando a importância desta temporada tão especial para o futebol feminino para o futuro da modalidade.
“Antes do Mundial, nós vínhamos fazendo bons jogos, mas sempre pecando nas finalizações e deixando as adversárias chegarem e saírem com a vitória. Mas nós viramos a chavinha, fizemos um bom Mundial, poderíamos ter ido mais longe, mas crescemos muito durante a competição e agora o resultado está acontecendo. A chegada da Pia, com coisas novas, passando a experiência dela para nós… A Seleção e o futebol feminino como um todo estão numa crescente muito grande e que a gente continue assim até as Olimpíadas e que as próximas gerações venham ainda mais fortes”, finalizou.
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