Nesta segunda-feira (09), a Seleção Brasileira de futebol masculino entrou em campo para desafiar o Chile na sequência da preparação para o Pré-Olímpico da Colômbia, em janeiro. Os comandados do técnico André Jardine encontraram dificuldades ao longo do duelo no Estádio do Pacaembu, mas cresceram no momento certo e garantiram a vitória por 3 a 1.
Os gols brasileiros foram marcados por Matheus Cunha (2) e Antony, dois dos principais destaques individuais. Pedrinho também teve atuação fundamental no triunfo verde e amarelo. O treinador ainda pôde realizar as seis substituições para fazer observações.
“Ofensivamente falando, estamos trabalhando com os atletas a capacidade de interpretação do jeito que o adversário marca. A partir daí, escolher um posicionamento que dificulte ao máximo o sistema defensivo do adversário. Isso não é tão simples com o pouco tempo que temos, mas eu saio bastante satisfeito. No primeiro tempo, quando não tivemos uma grande atuação, fomos muito bem por 15 ou 20 minutos. Justamente quando desistiu da ideia de jogar bem posicionado, gerou uma desorganização, o jogo ficou muito ‘de área a área’, que não é a nossa ideia. O Chile acabou crescendo no jogo”, avaliou Jardine.
“No segundo tempo, tivemos o controle praticamente total na partida. Defensivamente, muito mais conscientes e consistentes. Atuando desta maneira, a tendência é de que os talentos individuais consigam aflorar e consigam se encontram em zonas do campo em que eles possam fazer a diferença”, complementou.
Agora, o elenco terá outros dois amistosos pela frente no próximo mês. A expectativa é de que os adversários sejam Venezuela e Japão, mas ainda não há confirmação oficial acerca de sedes e datas. Já em novembro, o Brasil participará de um quadrangular em Tenerife, na Espanha. A caminhada para a conquista da vaga para os Jogos de Tóquio 2020 segue agitada.
O jogo
A partida foi bastante equilibrada e movimentada na primeira etapa. Ambas as equipes criaram diversas oportunidades no ataque e obrigaram os goleiros a entrarem em cena com intervenções importantes. Melhor postado nos minutos iniciais, o Brasil teve o controle da posse da bola e trocou passes para furar o bloqueio chileno. Logo aos 13, Pedrinho encontrou Matheus Cunha na área. O camisa 9 passou fácil pelo marcador e tocou na saída do goleiro Collao para abrir o marcador.
O Chile passou a gostar da partida. O canhoto Dávila, talvez a principal referência técnica do time, assumiu as ações no meio de campo e distribuiu as jogadas com qualidade. O próprio recebeu passe da direita, bateu firme e acertou a mão do zagueiro Lyanco. A arbitragem assinalou a penalidade. Na cobrança, o craque da Seleção Chilena deslocou Cleiton e mandou no meio do gol para deixar tudo igual no Pacaembu.
A Seleção Brasileira ditou o ritmo no segundo tempo. Com muita autoridade e tranquilidade, o time executou bem a proposta de jogo escolhida por André Jardine e não sofreu mais riscos. Com somente 6 minutos jogados, Matheus Cunha apertou a saída do zagueiro Rebolledo, tomou a bola e ficou cara a cara com Collao. Foi só finalizar com frieza e sair para o abraço. Na sequência, aos 17, Antony girou bonito na entrada da área e meteu um golaço com a perna direita, não dando chances para o arqueiro chileno. Ficou fácil, até gritos de ‘olé’ vieram das arquibancadas.
Já na reta final, Pedrinho sofreu falta pela esquerda e o tempo fechou. As duas delegações entraram no gramado. Após a confusão, Lyanco recebeu o cartão vermelho e foi expulso pela arbitragem, assim como o chileno Ibacache. Nada que alterasse o resultado.
“Ali, naquela confusão, mostra como o grupo está fechado. A partir do momento que o Pedrinho caiu, o time todo foi para cima em bloco, junto. Era muito difícil de alguém se machucar ou de alguém entrar na confusão sem ninguém tirar. Isso mostra como o espírito de equipe que temos é muito forte”, contou o zagueiro Ibañez.