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Tóquio 2020

COB enviará atletas para treinar na Europa a partir de julho

Em meio à pandemia do coronavírus, COB criou missão para que atletas brasileiros possam realizar treinos na Europa; Portugal é o primeiro destino definido

COB prevê uma série de incentivos ao esporte olímpico (Divulgação/COB)

O COB (Comitê Olímpico do Brasil) anunciou nesta segunda-feira (1º) que enviará uma delegação de cerca de 200 atletas, divididos em grupos de julho a dezembro, para realizar treinos na Europa, tendo Portugal como primeiro país confirmado. A medida faz parte do Programa Emergencial de Apoio ao Sistema Olímpico, cujas primeiras ações foram apresentadas no dia 18 de maio, data que marcou dois meses do isolamento social provocado pelo combate à pandemia do novo coronavírus.

Portugal foi escolhido por estar em um estágio avançado no enfrentamento ao coronavírus, além do bom relacionamento com o COB. O país europeu, inclusive, havia sido escolhido como base principal de aclimatação do Time Brasil para os Jogos Olímpicos de Paris-2024.

“O COB entende o momento peculiar que todo o mundo está passando, com impacto direto em todos os segmentos da sociedade, inclusive o esporte. Nesse sentido, cumprimos nosso papel de manter o Sistema Olímpico saudável e oferecer a nossos atletas as melhores condições de treinamento e performance, com a máxima segurança”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Wanderley.

Custos pagos pelo COB

Em meio á pandemia do coronavírus, COB criou missão para que atletas brasileiros possam realizar treinos na Europa; Portugal é o primeiro destino definido.
Paulo Wanderley é o presidente do COB (Divulgação/COB)

A missão, que deverá incluir atletas e oficiais de diversas modalidades, está em fase final de planejamento. O COB arcará com passagem, hospedagem e alimentação da delegação ao longo dos seis meses. O investimento será coberto por parte dos R$ 15 milhões previstos no orçamento de 2020 da entidade e faz parte do Programa de Preparação Olímpica oriundos da Lei das Loterias. A escolha por Portugal respeitou as condições de segurança de saúde e as medidas de isolamento impostas pelas autoridades locais.

“Temos uma relação estreita com o Comitê Olímpico Português e já tínhamos iniciado as negociações para a Missão Paris 2024. Com a pandemia, acreditamos que usar as instalações esportivas portuguesas nos permitirá oferecer aos atletas locais seguros e de alto nível para que retomem suas atividades”, explicou o diretor geral do COB, Rogério Sampaio.

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“Para o COB é preocupante ver nossos atletas sem condição de treinos em virtude da necessidade real de mantermos o isolamento para controle da pandemia no país. Sabemos o quão importante é vencermos a batalha contra o coronavírus, ao mesmo tempo que trabalhamos para que o Time Brasil esteja em pé de igualdade com seus principais adversários”, afirmou o chefe de missão nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e vice-presidente do COB, Marco Antônio La Porta Jr.

Protocolo para a retomada dos treinos

Paralelamente à Missão Portugal, o COB está finalizando seu protocolo de retomada aos treinos. Um documento de cerca de 200 páginas, construído nas últimas semanas em parceria com especialistas e médicos. Esse manual ditará as normas de utilização e abertura gradual do Centro de Treinamento do Time Brasil, no Rio de Janeiro, e só será colocado em prática com o aval das autoridades cariocas.

+ Entidade vai lançar em junho manual para a retomada do esporte

“Buscamos referências de diversos comitês olímpicos do mundo, que já se encontram em estágios avançados em relação ao Brasil no combate à pandemia. Nosso objetivo é ter um guia completo para referência de atletas e instituições”, disse o diretor de esportes do COB, Jorge Bichara. “Em resumo a ideia é que o atleta fique o mínimo possível na instalação e com o mínimo contato possível com outras pessoas”, completou.

Medidas do COB durante a pandemia

A Missão Portugal dá continuidade ao pacote das primeiras 15 medidas desenvolvidas pelo COB desde março, e apresentadas no dia 18 de maio, para apoio ao esporte olímpico durante a pandemia do novo coronavírus.

Está prevista também um aporte de recurso de R$ 7 milhões, a ser utilizado em ações de combate à pandemia (compra de testes e equipamentos de EPI, por exemplo), projetos esportivos e administrativos (como pagamento de fornecedores, tributos e aluguéis), em virtude do impacto financeiro na receita das entidades no momento. A distribuição será igualitária entre todas confederações que fazem parte do programa olímpico.

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