Henrique Avancini está de volta! Após meses sem competir por causa da pandemia de coronavírus, o campeão mundial participou de um evento promocional em Minas Gerais, que serviu de teste para o carioca nesta retomada. E que teste. Foram quatro vitórias em quatro corridas, resultados que o embalam para a viagem no final deste mês viaja para Europa, onde está previsto para disputar Copa do Mundo e Mundial de Mountain Bike. A sensação de voltar às pistas foi especial.
“Antes de mais nada, emoção. Ganhar corrida é sempre bom, ainda mais depois de cinco meses sem competir, sem fazer o que você gosta. Eu já estava até sprintando contra ônibus (risos). Então foi bom ganhar alguma coisa que estava valendo e não contra o meu amigo imaginário. Voltar a competir é sempre diferente. Eu gosto de destacar isso, porque ter nível esportivo é uma coisa, mas entregar performance é outra. Então foi um bom teste, um bom começo, e foi bacana estar lá com meu mecânico, minha fisioterapeuta, fazendo aquela rotina de competição, aquecimento… Foi gostoso”, celebrou em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
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Apesar de estar de volta às pistas, a experiência foi diferente do normal, já que o evento precisou de adaptar aos protocolos de segurança contra o coronavírus.
“Foi uma sensação quase que estranha. No mountain bike a gente tem um contato com o público muito próximo, pessoal gritando dentro da sua orelha. E estava vazio, sem público… Foi em um local bem distante, tudo bem controlado. Foi estranho para mim cruzar a linha de chegada e não ter aquela barulheira. Mas fiquei muito feliz de levar um pouco de ação do mountain bike para as pessoas. Tem esse lado do esporte de entretenimento, de assistir para se inspirar. Senti falta disso”.
Rumo à Europa
Agora, depois de meses em casa, é hora de deixar o Brasil rumo à Europa. Henrique Avancini pretende ficar lá por cerca de dois meses e a ideia é disputar Copa do Mundo e Mundial de mountain bike, se as competições de fato acontecerem. Isso porque o cenário ainda é muito incerto por causa da pandemia de coronavírus e por isso, o carioca presa por manter as expectativas baixas.
“Foi um ano em que eu aprendi a controlar as expectativas. Eu estou bem, fiz uma boa preparação… Conseguiria competir bem na semana que vem se necessário. É um cenário em que é bem provável que a gente tenha essas provas, mas ainda tem a chance de as coisas não acontecerem, terem que ser alteradas. Então expectativa é uma coisa que eu tenho mantido sob controle ultimamente. ão estou me preocupando muito se vai ser daqui um mês, só no ano que vem… Estou me preparando e esperando, e quando tiver que voltar, eu vou estar pronto”.
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E para estar pronto, Henrique Avancini precisou manter os treinamentos o melhor possível nos últimos meses mesmo com a pandemia. E conseguiu. “Eu treinei muito bem durante todo esse tempo de quarentena. Talvez essa tenha sido a minha vantagem, por ser uma modalidade outdoor, eu consegui treinar bem durante esse período”.
“O ranking está reaberto, o que gerou uma desvantagem para mim e outros atletas, principalmente na América, mas era algo que eu esperava. Então eu tento me preocupar com o que eu posso controlar hoje, que é me preparar. Toda a minha energia vai para isso, porque não adianta queimar neurônio com algo que eu não vou mudar”, concluiu.