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Caratê

Brose muda de categoria e vai ao Pré-Olímpico Mundial

Podendo não ir a Tóquio em sua categoria habitual, Douglas Brose lutou 15kg acima de seu peso e conquistou a vaga no Pré-Olímpico Mundial

Douglas Brose - Pré-Olímpico
(Foto: Renato Aoki)

Aos 34 anos, Douglas Brose pode viver o momento mais especial de sua carreira. Em 2020, o caratê estará oficialmente no programa dos Jogos Olímpicos pela primeira vez na história, e depois de conquistar tantas medalhas, o carateca de Santa Catarina vai em busca da maior delas. E para tanto, não medirá esforços. 

Normalmente, Brose luta na categoria -60kg, que não será disputada nas Olimpíadas (entenda mais clicando aqui). Com chances remotas de ir a Tóquio na categoria olímpica -67kg, já que disputa uma única vaga com Vinícius Figueira, ele optou por lutar 15kg acima do seu peso habitual para manter vivo o sonho olímpico.

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E a alma de campeão prevaleceu. Brose disputou a Seletiva Nacional na última quinta-feira (6) em São Paulo e se classificou para o Pré-Olímpico Nacional, disputado nesta sexta-feira (7), também na capital paulista. Ele encarou o campeão brasileiro de 2019, Alisson Sobrinho, na grande final da categoria -75kg, venceu o duelo e garantiu a vaga no Pré-Olímpico Mundial de caratê.

“Como eu estou um pouco abaixo do ranking do outro brasileiro na minha categoria eu já deixei esse plano B praticamente garantido. Vou continuar na minha categoria para ver se consigo esses pontos e ver se o plano A dá certo, mas caso dê errado, eu já assegurei essa outra possibilidade. Sei que é uma categoria muito mais pesada que a minha, muito diferente, mas o sonho de competir uma Olimpíada é maior que tudo. Eu quero estar lá de qualquer maneira. Não deu para estar em categoria, vou tentar outra”, destacou em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.

A estratégia de Brose

(Foto: Renato Aoki)

Apesar de estar garantindo na disputa em Paris na categoria -75kg, Brose ainda vai tentar a vaga na sua categoria habitual, que seria a -67kg. Hoje, ele é o nono colocado do ranking mundial e disputa a mesma vaga com Vinícius Figueira, que está em sexto.

Caso nenhum dos dois consiga a classificação para Tóquio diretamente pelo ranking mundial (os quatro primeiros garantem vaga direta nas Olimpíadas), a Confederação Brasileira de Caratê levará ao Pré-Olímpico Mundial o melhor brasileiro ranqueado entre os 30 melhores colocados do mundo. Desta forma, com competições ainda por vir, Brose tem a possibilidade de ultrapassar Figueira e disputar em Paris a vaga em sua categoria original.

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Se Brose subir e passar Figueira no ranking olímpico, que fecha no dia 1º de abril, ele vai ao Pré-Olímpico Mundial e o vice-campeão do Pré-Olímpico Nacional, Alisson Sobrinho, é quem vai para a competição na França na categoria -75kg. Caso Brose siga atrás de Figueira no ranking, o catarinense tem a vaga nos -75kg assegurada como carta na manga para disputar o Pré-Olímpico Mundial e tentar chegar a Tóquio.

Na próxima semana, Brose vai disputar a Premier League de Dubai e dependendo de uma combinação de resultados, ele já poderá ficar de fora da briga com Figueira pela melhor colocação no ranking, definindo seu futuro e competindo em Paris pela categoria -75kg.

De qualquer maneira, Douglas Brose vai representar o Brasil no Pré-Olímpico Mundial. Resta agora saber em qual categoria.

“Vamos ter que esperar agora a última etapa que vale pontos para o ranking olímpico, que vai ser em Marrocos, para ver como eu vou ficar. Se eu realmente for para a -75kg, aí vou ter que organizar com a minha equipe para ver se vai valer a pena ter um ganho de peso ou fazer uma estratégia diferente. Mas isso é mais para frente, não posso fazer nada agora, porque ainda pode mudar. A ideia é ter isso definido em meado de março para traçar a melhor estratégia”, finalizou.

O ídolo Brose

Ao longo da carreira, Douglas Brose colecionou medalhas em Mundiais, Pan-Americanos, e se tornou um ícone no caratê brasileiro e uma inspiração para os jovens atletas brasileiros.

“Na primeira luta (na Seletiva Nacional) que eu fui fazer com um menino do Maranhão, ele me disse que as Olimpíadas dele era estar lutando comigo. E isso é muito legal, muito gratificante ter esse retorno do trabalho que a gente faz dentro do caratê. É uma modalidade que agora está nos Jogos Olímpicos, mas a gente ainda está batalhando para que continue lá. E essa inspiração que venho podendo dar para eles é muito importante para o crescimento do caratê, o que é muito bacana”.

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