Na sede mais bonita dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, em Lunahuaná, o Brasil fez história na canoagem slalom. Neste domingo, 4, nas águas do Rio Cañete, Ana Sátila foi campeã no C1 e no K1 Extremo, Pedro Gonçalves no K1 e no K1 Extremo, e ainda rolou o bronze de Felipe Borges no C1. Omira Estácia teve a prata protestada e acabou fora do pódio. Essa é a campanha mais vitoriosa da modalidade na competição continental.
Ana Sátila provou que era a grande favorita e venceu com folgas no C1 feminino. A canoísta brasileira cravou 95.35 segundos e faturou o ouro dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. Para se ter uma ideia da vantagem de Ana Sátila na finalíssima, a segunda colocada, a canadense Lois Betteridge, fez o tempo de 102.95 segundos, cerca de 7.60 segundos atrás. O bronze ficou com a norte-americana Michaela Corcoran, que fez o tempo de 107.73 segundos.
“A cada segundo eu tinha que manter o que estava decidido, qualquer descuido e qualquer deslize, tocar uma pedra, perder o remo, poderia tomar uma penalidade muito grande. E o desafio desde o início era manter o plano, felizmente eu consegui fazer um descida muito boa e sem penalidade. Essa medalha de ouro foi só a primeira!”
Ela ainda comentou que o Pan é muito diferente de qualquer competição. “Competi o Mundial há duas semanas e não senti a pressão que senti aqui representando meu País. Para mim foi mais um grande desafio. Tentei fazer o meu melhor, mantive o plano para assegurar a medalha de ouro e estou muito contente com meu resultado”
Na final do C1 masculino, Felipe Borges ficou com o bronze após fazer o tempo de 91.39 segundos. O ouro ficou com o norte-americano Zachary Lokken, que chegou 0.73 segundo à frente do brasileiro. O argentino Sebastian Rossi ficou com a prata e ficou há apenas 0.14 segundos atrás do canoísta dos Estados Unidos.
Mas no K1 masculino, o Brasil voltou a conquistar mais um ouro no Rio Cañeta. Pedro Gonçalves foi o última a cair na água para a disputa da final e venceu a prova com uma diferença de apenas 0.43 segundos para o argentino Lucas Rossi, que foi prata com o tempo de 85.81. O bronze acabou com o canadense Keenan Simpson.
Sem quase dar tempo para respirar, mais uma brasileira foi para a disputa da final do K1 feminino. Omira Estácia caiu na água e fez o segundo melhor tempo. Contudo, um dos juízes anotou uma penalidade de 50 segundos para a brasileiras. Os vídeos da prova foram revistos e a brasileira acabou perdendo o bronze. Evy Leibfarth, dos EUA, ficou com o ouro. A argentina Nadia Riquelme foi prata e Sofia Reinoso completou o pódio.
II PARTE
Após uma breve pausa para a alimentação dos atletas e a trocas das portas no Rio Cañete, a canoagem foi retomada em Lunahuaná, mas o ritmo brasileiro seguiu como na primeira parte. Pedro Gonçalves dominou a prova do K1 Extremo e não deu chances para os adversários, vencendo de ponta a ponta.
Quase que da mesma forte, Ana Sátila caiu na água e já se colocou à frente. Com um pouco mais de dificuldade, a brasileira se livrou do tráfego e disparou na liderança, conquistando seu segundo ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima.
