A ala-pivô Damiris foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira de basquete quando tinha 17 anos, em 2010. Já são dez anos representando o Brasil e dois Jogos Olímpicos no currículo: Londres-2012 e Rio-2016.
A perda da vaga em Tóquio deixou a atleta frustrada, mas o crescimento apresentado desde que José Neto assumiu o comando técnico e mais quatro anos de trabalho faz com que projete briga por medalha em Paris-2024.
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“O basquete feminino está em uma crescente. Se conseguimos evoluir em meses, imagina com mais quatro anos pela frente o quanto poderemos melhorar para jogar uma Olimpíada. Acredito muito que estaremos bem melhor em Paris-2024 e, se Deus quiser, brigando por medalha”, afirmou Damiris, em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
A jogadora de 27 anos revelou que foi bem acolhida quando recebeu sua primeira chance na seleção adulta. Ela contou que atletas experientes a orientaram, ensinaram e fortaleceram para que pudesse amadurecer mais rápido. Damiris não se esquece das conversas com companheiras como Helen, Adrianinha, Alessandra, Iziane, Palmira e Érika e deseja passar o que aprendeu para a nova geração que estará em Paris-2024.
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“Quero poder fazer o mesmo com as meninas que vão chegar. Vou passar minha experiência e deixá-las confortáveis para jogarem mais leves. Foi assim que evolui e que consegui jogar bem na seleção. Essas atletas, nomes importantes do basquete brasileiro e que tive a oportunidade de jogar junto, me passavam confiança e sempre me incentivaram. Espero ser igual e uma referência para essas meninas”, garantiu Damiris.
Sonho realizado em Londres-2012
Damiris deu início à sua trajetória olímpica em Londres-2012, quando tinha 19 anos. O Brasil foi eliminado ainda na primeira fase do torneio e, mesmo tão jovem, a ala-pivô teve participações ativas em quadra. Em um grupo com França, Rússia, Austrália, Canadá e Grã-Bretanha, a seleção brasileira foi derrotada pelas quatro primeiras e ganhou somente da última.
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“É um sonho participar de uma Olimpíada e Londres foi minha primeira. Ter tido a oportunidade de participar tão nova foi gratificante. Quando fiquei sabendo que estaria entre as 12 não conseguia dormir porque ficava ansiosa e com frio na barriga. Eu conversava bastante com Adrianinha e Érika e elas me davam conselhos”, disse.
“Lembro de quando cheguei à Vila: ‘meu Deus estou em uma Vila Olímpica’. Tudo parecia um sonho e estava ali amadurecendo e aprendendo. Londres foi um degrau importante na minha carreira. Foi ali que comecei a evoluir e a sonhar mais alto”, acrescentou Damiris, que tem dois títulos com a seleção adulta: Copa América de 2011 e o Sul-Americano de 2013.
Emoção na Rio-2016
Damiris começou a subir o nível de seu jogos depois de Londres-2012 e dois anos depois foi jogar na WNBA, com a camisa do Minnesota Lynx. Em seguida, mudou para o Atlanta Dream. Em 2016, a ala-pivô voltou ao Brasil para atuar pelo clube de Americana, interior de São Paulo, para se preparar em seu país para os Jogos Olímpicos Rio-2016. A jogadora viveu uma emoção que levará por toda sua vida
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“Vestir a camisa da seleção brasileira é uma honra e um peso. Tenho orgulho disso e defender meu país dentro de casa foi muito emocionante. Lembro que começou a tocar o hino no primeiro jogo e comecei a chorar: ‘meu Deus preciso me controlar’. Olhava para Érika e Clarissa e elas estavam chorando. Todas estavam emocionadas de estarem representando o Brasil e ouvindo a arquibancada inteira cantando o hino nacional”, contou.
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“Normalmente jogamos em outros países. Eu nunca havia jogado com a seleção em casa e foi uma emoção muito grande. Nós não conseguimos o resultado que queríamos, mas o que vivi na Rio-2016 é uma coisa que vou levar para vida toda. Foi bastante emocionante”, concluiu Damiris, que espera disputar sua terceira Olimpíada em Paris-2024.