Aos 37 anos, Anderson Varejão passa por um momento completamente diferente em sua vida. Sem jogar desde o fim da participação do Brasil na Copa do Mundo de basquete, o pivô negou propostas de quatro continentes e optou por não jogar por um motivo maior. “Fiz a opção de ficar ao lado da minha esposa para acompanhar a gravidez e o nascimento da minha filha”.
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Após o fim da partida contra os Estados Unidos na Copa da China, Anderson Varejão tinha um novo cenário para enfrentar. Sem acordo com o Flamengo para a renovação de contrato, o pivô se viu se clube e não sabia quando voltaria a atuar.
Contudo, ainda antes da participação brasileira na copa, a esposa engravidou da primeira filha do atleta. Durante aquele período em que as propostas ainda não estavam sendo analisadas, o pivô da seleção tomou uma decisão.
“Tive propostas da Europa, da Ásia, do Brasil e dos Estados Unidos para jogar nesta temporada. Fiz a opção de ficar ao lado da minha esposa para acompanhar a gravidez e o nascimento da minha filha. E vejo que fiz a melhor escolha, porque foram meses de muita felicidades, estão sendo dias únicos ao lado delas”.
Serenee nasceu no dia 8 de abril em Cleveland, onde Varejão passa o período de quarentena com a esposa. Desde então, o pivô não consegue descrever o que sente, só pensa em aproveitar. “Não há sentimento na vida igual a de ser pai. Estou aproveitando cada minuto, cada segundo que posso ao lado dela”.
Quando começou a jogar basquete, ainda no Espírito Santo, Varejão se espelhava no irmão mais velho Sandro. Com cerca de dez anos de diferença, Anderson aprendeu parte dos fundamentos de sua posição em casa.
Família Varejão é do basquete
Quando Anderson Varejão saiu de casa para jogar em Franca (SP), chegou a enfrentar o irmão mais velho, que na época atuava no Vasco. Nas quadras, do Espírito Santo e do Brasil nessa época, Anderson conseguiu unir seus dois maiores paixões.
“O basquete é a minha segunda paixão. Amo a minha família, em primeiro lugar, e amo o basquete. Sou o que sou hoje como homem pelo caráter e educação que minha família me deu. Sou o que sou hoje como atleta pelo que o esporte me ofereceu, das oportunidades que tive, de tudo me proporcionou e me ajudou a conquistar em termos de valores, amizades e respeito, de ter a chance de realizar os sonhos que tinha dentro de quadra”.
A terceira geração está em quadra
Mesmo com Sandro aposentado e Anderson parado momentaneamente, a família segue em quadra. Na NCAA, o basquete universitário americano, a camisa 34 da Universidade de Michigan.
Izabel Varejão, de 20 anos, é a terceira geração da família a jogar basquete nos Estados Unidos. Assim como os tios, Izabel, que tem 1,92 m, também atua como pivô. Segundo Anderson, tio e sobrinha conversam bastante sobre basquete.
“Ela é muito determinada, muito dedicada e está construindo o seu próprio caminho trabalhando duro. Conversamos muito, sim, estou sempre pronto para o que ela precisar. Assisti a alguns jogos dela em Michigan, torço para que a Izabel alcance todos os sonhos que tem dentro e fora do basquete. Tenho orgulho dela”, finaliza o Anderson Varejão.