Cláudio Mortari é um dos técnicos mais vitoriosos do basquete brasileiro e segue em atividade com seus 72 anos de idade. Ele comandou o São Paulo na temporada de 2019/20 do NBB, que precisou ser cancelado devido à pandemia de coronavírus. O treinador elogiou Georginho e espera que a modalidade volte forte, porém, prevê dificuldades.
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“Vamos ter dificuldades. Precisamos sentar todo mundo na mesa e ver exatamente quais serão os protocolos para voltarmos. Não será uma missão fácil e acho que o Campeonato Brasileiro será reduzido. O país passará por problemas em todos os setores e no basquete não será diferente. Temos que estar preparados para isso e encontrar soluções”, afirmou.
“Será um momento que pedirá uma comunhão de interesses de todo mundo. Inclusive, com sacrifícios pessoais. Espero cumplicidade e uma ajuda mútua para que o basquete brasileiro possa triunfar. Temos que reunir forças para que todos possam participar”, acrescentou Mortari, em live no instagram basquetecbb, perfil oficial da CBB (Confederação Brasileira de Basquete).
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Mortari jogou basquete no Palmeiras na década de 1960. Ele nasceu em São Paulo e começou a praticar a modalidade com 11 anos. Em 1973, com 25, largou a carreira de atleta e virou treinador. Em 1979, Mortari comandou o Esporte Clube Sírio na conquista do Mundial Interclubes. Na ocasião, dirigiu jogadores como Oscar, Marcel e Marquinhos. Ele também foi técnico da seleção brasileira masculina nos Jogos Olímpicos de Moscou-1980.
Trabalho no São Paulo e Georginho
Cláudio Mortari conduziu o São Paulo à terceira posição da fase de classificação do NBB 2019/20. Um dos principais destaques de sua equipe foi o armador Georginho, que voltou a ser convocado para a seleção brasileira em 2020 por seus números relevantes, já que anotou cinco triplos-duplos nas 13 primeiras rodadas da competição.
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“Georginho fez uma grande competição. Eu já tinha trabalhado com ele no Pinheiros quando era juvenil. Quando contratamos dei responsabilidade para ele. É um armador finalizador, até mais finalizador, e é uma posição que carecemos. Ele entendeu o recado e ganhou confiança. Fez um campeonato absolutamente brilhante e foi o grande destaque do Brasileiro com lances fantásticos”, apontou Mortari.
Além de São Paulo e Sírio, Mortari passou por diversos outros times do Brasil. Entre eles, alguns com tradição na modalidade como Corinthians, Pirelli (SP), Telesp (SP), Rio Claro, Mogi das Cruzes, Mackenzie (SP), Flamengo, Campos, Paulistano, São Bernardo e Esporte Clube Pinheiros. Em sua carreira, o técnico tem cinco títulos nacionais, dois sul-americanos e dez títulos estaduais por oito times diferentes.
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“Na idade que cheguei e com o tempo de atividade que tenho fiquei bastante envaidecido de receber o convite do São Paulo para começar um trabalho do zero em um clube do tamanho desse. Não é fácil receber esse tipo de confiança e o clube abriu todas as portas para mim. O São Paulo é um prêmio que recebi neste final de carreira”, concluiu Mortari, que pretende seguir no basquete quando encerrar a carreira de técnico.