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Tóquio 2020

Caboclo vê adiamento como ponto positivo para Pré-Olímpico

Em podcast para a Rádio CBB, ala/pivô do Houston Rockets, um dos destaques da nova geração, revelou ter Oscar Schmidt como ídolo

Bruno Caboclo na seleção brasileira de basquete masculino
Bruno Caboclo foi um dos destaques do Brasil na Copa do Mundo de 2019 (FIBA/Divulgação)

Bruno Caboclo está com 24 anos e é uma das esperanças da nova geração do basquete brasileiro. O ala/pivô do Houston Hockets, da NBA, esteve no elenco que disputou a Copa do Mundo de 2019, realizada na China, e foi um dos destaques do Brasil na competição.

Versátil, o jogador concedeu entrevista ao podcast Rádio CBB, da Confederação Brasileira de Basquete, onde disse estar confiante para a disputa do Pré-Olímpico mundial, adiado por causa do coronavírus. Ele revelou ainda ser fã de Oscar Schmidt, maior cestinha da história dos Jogos Olímpicos, com 1.093 pontos.

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“Comecei a assistir basquete bem tarde, mas ainda quando criança, antes mesmo de começar a acompanhar, o meu ídolo já era o Oscar Schmidt. Sou fã dele por tudo que fez pela seleção e pela pátria. Foi algo bem grande e sempre quis ir para a seleção para tentar repetir as coisas que ele fez. Sei que o que ele fez é algo fora do normal, mas é um dos meus sonhos. Quero ganhar alguns títulos pela seleção brasileira”, afirmou o atleta.

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Na Copa do Mundo, o Brasil estava no Grupo F juntamente com Grécia, Nova Zelândia e Montenegro. Com três vitórias, a seleção comandada pelo técnico croata Aleksandar Petrović se classificou em primeiro da chave. Na segunda fase de grupos, Caboclo e seus companheiros perderam de República Tcheca e Estados Unidos, deixando o campeonato sem conquistar a classificação olímpica. Apesar disso, o Brasil garantiu vaga no Pré-Olímpico mundial, ainda sem data por causa da pandemia de coronavírus.

“Estou bastante confiante para o Pré-Olímpico. Temos uma boa seleção e os jogadores estão dando o melhor pela seleção. A experiência que tivemos no Mundial foi boa para todos, mas, principalmente, para os mais jovens. A expectativa é de fazer um bom pré-olímpico e acredito que temos grandes chances de irmos para a Olimpíada. Com o adiamento da competição para 2021, teremos mais tempo para nos prepararmos”, disse Caboclo.

Bruno Caboclo disputa rebote com o grego Giannis Antetokounmpo (FIBA/Divulgação)

Petrović e a experiência na Copa do Mundo

Caboclo elogiou o trabalho de Petrović e apontou suas virtudes. “Trabalhar com o Petrovic é bem legal. Ele é uma pessoa séria, bem bacana e que sempre está puxando o time. É um cara bem profissional e que trouxe o estilo de jogo europeu para a seleção. Ele é uma lenda do esporte, sempre foi um craque, como o irmão dele (Dražen Petrović). Ele está lá para nos ensinar e sabe que podemos ir bem longe, por isso, está com nossa seleção” declarou o atleta.

O ala/pivô que joga nos Estados Unidos comentou também sobre o aprendizado no Mundial. “Aprendi muito no Mundial da China. Foi praticamente meu primeiro campeonato com a seleção brasileira e disputamos com um grupo bacana, uma mescla de veteranos, como Varejão e Leandrinho, e jovens, como Didi e Yago. Ganhamos muita experiência. Alguns jogadores de outros países eu não conhecia e foi muito bom conhecer o estilo de jogo deles, ver na prática como é um campeonato FIBA, já que é um pouco diferente da NBA”, contou.

Situação em Houston e estrelas de time

Assim como o restante do mundo, os Estados Unidos também foram impactados pela pandemia do coronavírus. Com o avanço da doença pelo país, a NBA foi paralisada e ainda não tem data para voltar.

“Aqui em Houston as coisas começaram a acontecer um pouco mais para frente em comparação com outros lugares. Antes não tinham muitos casos, mas já estão começando a fechar tudo. Agora estou começando a treinar mais em casa. Não estamos saindo muito. A paralisação da NBA foi uma decisão acertada pelo bem de toda a população”, opinou.

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Em Houston, Caboclo tem como companheiros de equipe duas das principais estrelas do basquete dos Estados Unidos.

“Joguei com o James Harden na pré-temporada do ano passado e ele foi muito legal comigo. Foi a primeira vez que tive contato com ele. O Westbrook já conhecia porque antes éramos da mesma agência e treinávamos na mesma quadra em Los Angeles. Ali já tínhamos um pouco de contato e ele sempre me cumprimentava quando nos enfrentávamos. Ele é uma boa pessoa, gente boa com todo mundo. Os dois são muito competitivos e estou aprendendo bastante ao lado deles. Só tenho coisas positivas para falar sobre eles”, concluiu o ala/pivô dos Rockets.  

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