Haja coração! Nesta quinta-feira, na tão esperada estreia do Pré-Olímpico Mundial, não deu para o Brasil diante de Porto Rico. E não faltou emoção Depois de liderar a maior parte do jogo, a Seleção Brasileira não conseguiu segurar a pressão, cometeu muitos erros e cedeu o empate, mandando a partida para a prorrogação. No tempo extra, a equipe sentiu ainda mais o baque, deixou as porto-riquenhas crescerem e abrirem vantagem. O time de José Neto ainda teve a bola do jogo nos segundos finais, mas novamente desperdiçou e a craque O’Neill decretou o triunfo de Porto Rico por 91 a 89.
“A gente precisava defender para poder ganhar, mas pecamos em situações defensivas. Permitimos muitos pontos de jogadoras que sabíamos que tinha potencial. Eu podia ter ajudado mais”, pontuou José Neto em entrevista ao Sportv.
“Um campeonato desse nível, tem erros que a gente não pode cometer. Passou, não tem como voltar. Mas o que a gente tem que ter em mente agora é que temos chance e que podemos buscar. E nós vamos buscar”, disse Damiris.
Com o resultado, o Brasil se complica na busca pela vaga em Tóquio. Isso porque, das quatro equipes do grupo, três garantem vaga e apenas a lanterna fica de fora das Olimpíadas. Agora as brasileiras precisam vencer pelo menos um jogo contra a França ou a Austrália, números 5 e 2 do ranking da Fiba respectivamente, e torcer para que Porto Rico não vença mais para manter o sonho vivo.
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O problema é que dentre os três rivais, Porto Rico era o único que a seleção levava vantagem. De 2009 para cá, foram são seis vitórias em nove jogos ou cinco em oito se contarmos apenas jogos oficiais. Contra a França foi uma vitória em cinco confrontos de 2000 até hoje e, no mesmo período, também só um sucesso em 11 encontros contra a Austrália.
Agora, o Brasil volta à quadra neste sábado para pegar a França, às 16h30 (de Brasília) e fecha sua participação no Pré-Olímpico contra a Austrália, no domingo (9), às 10h (de Brasília). E você acompanha ao vivo aqui Olimpíada Todo Dia.
O Brasil participou de todas as Olimpíadas desde 1992 e tem duas medalhas, uma de prata em Atlanta 1996 e uma de bronze quatro anos mais tarde, em Sydney. Na Rio 2016 ficou em 11ª lugar. O basquete feminino entrou no programa olímpico em 1978, em Montreal, no Canadá.
O jogo
O duelo começou equilibrado, com as duas equipes se estudando bastante. Como era esperado, a craque porto-riquenha Jennifer O’Neill logo chamou a responsabilidade e comandava as ações de sua equipe. O Brasil, por sua vez, errava bastante e desperdiçou muitos ataques nos primeiros minutos, permitindo que Porto Rico mantivesse a vantagem. Na metade da parcial, as brasileiras começaram a se encontrar em quadra, encaixaram as jogadas e conseguiram passar à frente e ainda abrir vantagem. As adversárias ainda colocaram no marcador no final do período, mas o Brasil largou na frente, fechando o quarto em 20 a 18.
A Seleção voltou bem para a segunda parcial, seguindo o mesmo ritmo e mantendo a diferença no marcador, graças principalmente à grande atuação de Érika, que, inspirada, comandou o ataque brasileiro no período, com 11 pontos em 11 minutos. Faltando quase meio quarto para o fim do primeiro tempo, o jogo deu uma equilibrada e o Brasil voltou a cometer alguns erros, mas desta vez, contou com falhas também de Porto Rico, que não conseguiu colar no placar. Nos últimos minutos, as brasileiras ainda reencontraram o caminho da cesta e levar uma vantagem maior para o intervalo: 42 a 36.
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O terceiro quarto foi o mais equilibrado e também o mais faltoso. A parcial começou com o Brasil colocando Porto Rico na linha de lance livre três vezes quase que em sequência. Aos poucos, o jogo foi encaixando e ganhou mais ritmo. As porto-riquenhas tentavam reagir e colar no marcador, mas as brasileiras não deixavam, respondendo cada ataque das adversárias, que inverteram o jogo e passaram a fazer muitas faltas e se complicar. Damiris comandou o time, chegando a 19 pontos, e o Brasil segurou Porto Rico, que não baixou a guarda, e fechou a parcial mais uma vez a frente: 63 a 55.
O quarto e decisivo período começou perigoso para o Brasil, que deixou Porto Rico gostar do jogo e cortar a diferença para quatro pontos. O ataque brasileiro funcionava, mas a defesa sofria e dava espaço para as adversárias, que entraram de vez na partida e faltando três minutos para o fim, empatou o jogo. O Brasil sentiu o baque e cometeu erros bobos. A bola não caía e a 36 segundos do fim, Porto Rico virou o jogo. Mas não estava acabado. E tinha que ser ela. Érika chamou a responsabilidade, pegou a sobra e recolocou o Brasil na liderança faltando 25 segundos. No último lance, Tainá cometeu falta e Rosado empatou novamente. Patty, que vinha 100% nos arremessos de três, teve a bola do jogo e errou, forçando a prorrogação.
No tempo extra, o Brasil foi irreconhecível. Muito nervoso, a equipe de José Neto errou nos momentos cruciais e deixou Porto Rico crescer e abrir vantagem, que chegou a ser de sete pontos. Damiris ainda cometeu sua quinta falta e ficou de fora dos minutos finais. Nos últimos segundos, o Brasil emplacou duas cestas de três seguidas e cortou a diferença para um ponto. No último lance, Débora teve a bola do jogo nas mãos, mas o arremesso saiu curto demais. Na sequência, falta na craque O’Neill, que converteu um dos lances livres para decretar a derrota brasileira.
Acompanhe ao vivo – Brasil x Porto Rico – Pré-Olímpico de basquete feminino