O pernambucano José Fernando Ferreira Santana, o Balotelli, é a maior revelação do decatlo brasileiro. Aos 21 anos, completados em 27 de março, o atleta do Projeto Atletismo Campeão foi campeão do Troféu Brasil no ano passado e agora sonha com o índice para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Nascido na cidade de Pesqueira, no agreste de Pernambuco, o atleta terminou a temporada de 2019 na liderança do ranking brasileiro e sul-americano do decatlo, com 7.944 pontos, seu recorde pessoal. O objetivo agora é alcançar o índice de 8.350 pontos, exigido pela World Athletics para a Olimpíada.
“Quero primeiro superar a barreira dos 8 mil pontos. O foco é conquistar o bicampeonato do Troféu Brasil este ano e brigar pelo índice olímpico”, declarou o atleta à CBAT. Vale lembrar que atualmente a briga pelo índice olímpico está congelada e só será reaberta no mundo todo em dezembro.
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As melhores marcas do atleta nas dez modalidades que formam o decatlo são 10s78 nos 100 m, 7,21 m no salto em distância, 12,75 m no arremesso do peso, 1,98 m no salto em altura, 49s35 nos 400 m, 14.40 nos 110 m com barreiras, 44,90 m no lançamento do disco, 4,60 m no salto com vara, 63,80 m no lançamento do dardo e 4min50s90 nos 1.500 m.
Em apenas um ano trabalhando com a sua atual comissão técnica formada pelos técnicos Fernando Brito, Abraão Nascimento e Felipe Moura, o atleta conseguiu melhorar as suas marcas em seis provas: 100 m, vara, disco, dardo, 400 m e 110 m com barreiras. Apesar do avanço, Balotelli segue o foco em seguir aprimorando os seus números. “Preciso melhorar no peso, altura, distância e 1.500 m”, avaliou.
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“Ele tem bom potencial e começou no decatlo há apenas quatro anos. Segue a nossa metodologia e tem tudo para lutar por marcas melhores, visando o índice olímpico”, comentou Abraão Nascimento, do Projeto Atletismo Campeão (PE) e da Associação de Apoio a Pessoa Portadora de Deficiência.
Astro da bola
Após ter começado no atletismo em 2013, ainda no lançamento do dardo, José Fernando ganhou o apelido de Balotelli em referência ao atacante Mario Balotelli, da seleção italiana de futebol.
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Durante a pior parte da pandemia do coronavírus, o atleta precisou treinar em casa no início da pandemia e apenas recentemente conseguiu voltar para o Centro Esportivo Santos Dumont, no Recife. “Levei um material emprestado para casa e pude treinar na quarentena para não interromper totalmente a preparação”, lembrou.