Fotos de atletas franceses no Instituto de Esporte, Expertise e Performance (Insep), em Paris, na França, apareceram com pichações racistas no domingo (28). Entre os atletas, estão o lendário judoca Teddy Riner, Dimitri Bascou, do atletismo e medalhista olímpico, e Michael Jérémiasz, campeão paralímpico do tênis em cadeira de rodas.
Na foto de Teddy Riner e Michael, foi escrita a palavra “singe” que em francês significa “macaco”. Na de Dimitri Bascou, está escrito “negro”. O Comitê Olímpico da França (CNOSF) se revoltou com a situação.
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“O CNOSF denuncia a degradação racista cometida nos retratos dos campeões do time francês que ficam expostos no Insep Paris. Os atletas franceses são o orgulho do nosso país e a diversidade é sua força. O Movimento Olímpico Francês é movido pelos valores da amizade, excelência e respeito que estão expressados na não-discriminação e no compartilhamento”, disse a entidade em nota oficial.
“Condenamos firmemente esses atos e entraremos com uma queixa na polícia”, concordou o Insep.
Repercussão do ato
Logo após a notícia das pichações virem a público, personalidades e autoridades francesas repudiaram o ato. “Não vamos baixar a cabeça, não cederemos ao ódio, covardia e estupidez. Hoje ofereço meu apoio amigável e inabalável a pessoas que são agredidas pessoalmente”, disse o diretor do Insep, Ghani Yalouz.
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A vice-campeã olímpica, Élodie Clouvel, compartilhou imagens das pichações racistas, se disse sem palavras e teve apoio de seus seguidores nas redes sociais.
Photos prisent par Héloïse Kane devant le temple du sport Français @INSEP_PARIS Je suis sans mots 🤢🤮 pic.twitter.com/GnQB3n2b6Y
— ÉLODIE CLOUVEL (@Eloclouvel) June 28, 2020
Astrid Guyart, esgrimista que tem seis medalhas por equipes em Mundiais, também repudiou veementemente: “A equipe olímpica e paralímpica da França denuncia fortemente os atos vis cometidos nos retratos dos campeões no Insep Paris! A França multicolorida é forte em sua diversidade. Estamos orgulhosos de nossos campeões”.
Além disso, a Ministra dos Esportes da França, Roxana Maracineanu, falou que as imagens desses “atos desprezíveis e covardes” realizados no Insep lembram que a luta contra o racismo deve continuar.