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Tóquio 2020

Érica Sena encara ‘parede’ por duas horas com foco em Tóquio

Com pensamento positivo, a atleta da marcha atlética treina em sua esteira e torce pelo fim da quarentena em Cuenca, no Equador, local onde mora

Érica Sena Atleta marcha atlética feminina Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Érica Sena garantiu vaga nos Jogos de Tóquio em junho de 2019 (Wagner Carmo/CBAt)

A marchadora Erica Sena vive no Equador ao lado do seu marido, o atleta equatoriano Andrés Chocho, que também é seu treinador. Os dois moram na cidade de Cuenca, que adota ações restritivas rígidas desde março devido à pandemia de coronavírus. Sem poder sair de casa, a atleta encara a “parede” por duas horas em treinos adaptados na esteira. Tudo isso com o objetivo de subir ao pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

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“Estamos esperando as decisões do governo para o abrandamento da quarentena. Nenhuma novidade até agora. Adaptamos alguns treinos, mas estou acostumada com a rotina ao ar livre. É difícil ficar na esteira por quase duas horas vendo a parede”, disse Érica.

Apesar da quarentena devido ao coronavírus, a competidora está focada nos treinamentos para cumprir na meta que traçou. “O meu objetivo é brigar por uma medalha nos Jogos de Tóquio em 2021”, acrescentou.  

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Érica Sena é sete vezes campeã brasileira e conquistou medalha em duas edições dos Jogos Pan-Americanos na prova dos 20 km. A atleta da marcha atlética ganhou a prata, em Toronto-2015, e o bronze, em Lima-2019. Por esses resultados, está na história como a maior marchadora do Brasil.  

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Vida que segue!!! Tá difícil pra mim pra você pra todos, mas agradeço a Deus por poder adaptar os meus treinos em casa. Vamos ter Jogos Olímpicos, o importante é não desanimar. #fe #yomequedoencasa #ficaemcasa #stayathome #olimpiadas

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Histórico de bons resultados na marcha atlética

Érica Sena Atleta Tóquio Coronavírus
Érica Sena está tentando ser positiva durante a quarentena (Wagner Carmo/CBAt)

Com 35 anos, Érica se classificou para os Jogos de Tóquio com a marca de 1min27s35, obtida em 2019, na Espanha. Ela conta com sua experiência para lidar bem com as indefinições. “Ainda não temos competição programada. Quero muito que tudo volte ao normal, que possa treinar. Está complicado, mas estou tentando ser positiva”.

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Além dos títulos nacionais e das medalhas pan-americanas, Érica alcançou bons resultados nos mundiais de atletismo e nos Jogos Olímpicos Rio-2016. Nas últimas três edições do Campeonato Mundial, chegou na sexta posição em sua estreia na competição, em Pequim-2015, e foi quarta colocada em Londres-2017 e em Doha-2019. Na Olimpíada disputada no Brasil, finalizou a prova com o sétimo lugar.

“Em Londres foi uma das melhores provas, clima bom e foi bem rápida. Em Doha, o clima atrapalhou muito, mas a principal diferença foi que eu me senti muito mais perto da medalha, mas fica de aprendizado para as próximas competições”, afirmou a recordista brasileira dos 20 km, com a marca de 1:26:59, obtida em Londres-2017.

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Érica, que também foi medalha de bronze no Mundial de Marcha Atlética, em Roma-2016, é uma das esperanças de medalha para o atletismo brasileiro nos Jogos de Tóquio, que foram adiados por causa da pandemia de coronavírus. A competição será realizada entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021.

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