Alison dos Santos garante vaga para o Mundial no GP Brasil
O atleta do Pinheiros, Alison dos Santos, que já tinha índice para o Pan-Americano, garantiu no GP Brasil de Atletismo, em Bragança Paulista, o índice para a disputa do Mundial adulto e a conquista do recorde Sul-Americano Sub-20. Entenda!
Dezoito anos, mas com marcas pra qualquer adulto ter inveja! Alison dos Santos, do Pinheiros, garantiu nos 400m com barreiras os 48.84. Ele já tinha índice para o Pan-Americano, mas garantiu no GP Brasil de Atletismo, em Bragança Paulista, o índice para a disputa do Mundial adulto. O tempo de Alison garante o recorde Sul-Americano Sub-20, sendo a melhor marca do mundo e a quarta melhor marca do adulto. Completando o pódio ao lado do brasileiro, o chileno Alfredo Sepúlveda, com 49s63 e o norte-americano Quincy Downing, com 49.71.
“A prova de hoje foi quase uma prova perfeita na minha concepção. O que o técnico tinha conversado era pra fazer o começo um pouco mais forte e eu consegui fazer isso um pouco mais forte. No final acabei errando a última barreira, mas passando ela, olhando pra chegada, o coração pra frente foi uma ótima prova, boa prova. Foi muito além do que eu imaginava, eu tinha na meta hoje fazer simplesmente o índice pro Mundial, correr abaixo de 49.30 simplesmente isso. Eu não esperava correr abaixo de 49 hoje, não esperava o 48”, contou Alison dos Santos.
O outro destaque do GP Brasil foi a conquista do índice mundial de Gabriel Constantino nos 200m, o segundo lugar com 20.21, mas o brasileiro já deixou claro que não irá competir, pois sua prioridade é os 110m com barreiras. Completando o pódio em primeiro lugar está Bernardo Baloyes, da Colômbia, com 20.08 e Aldemir Junior, com 20.38. Na outra prova de Gabriel, nos 100m com barreiras masculino pódio repleto de brasileiros com Constantino com 13s24, Jonathas Brito, com 13s,44 e Eduardo Rodrigues, com 13s45.
“O clima da prova hoje foi muito legal, muito bacana, o Brasil conseguiu trazer estrangeiros pra cá, Colômbia, Jamaica. Aumentando o nível da prova no Brasil. Aumentando o nível da prova da barreira do Brasil, que estava um pouco apagado. Aí a evolução dos meninos também foi muito boa, além do vento ter sido a favor 2.8. Mas é assim, a gente cria uma perspectiva muito boa e muito grande quando se faz uma prova boa e todo mundo melhorou o resultado. Então é cada vez mais trabalhar em cima disso, que aconteceu hoje”, falou Constantino.
Já nos 800m masculino, a dupla queniana ficou com os primeiros lugares com: Alfred Kipketer, com 1.47.16 e Cornelius Tuwei, com 1.47.24. Na terceira colocação ficou o brasileiro Thiago André com a marca de 1.48.47. “Hoje foi uma prova um pouco difícil. Estava atletas de alto nível. Eu tinha combinado com meu treinador Ricardo Doli, que a gente ia quando desse o tiro de largada, eu ia me posicionar bem, e se algum atleta puxasse a ponta da prova, eu ia ficar esperando pra poder fazer o melhor ataque da prova. Só que na reta oposta estava ventando muito e os atletas não quiseram correr então a gente não tinha opção. Ou eu corria ou eu corria. Então eu sai pra tentar fazer o meu melhor, em vista do resultado não foi o que a gente esperava, mas a gente treinou bem, a gente está bem preparado e é só ter um pouco de paciência pra fazer uma boa prova e um excelente resultado”, definiu o brasileiro Thiago André.
Nos 400m feminino, a representante da Serra Leoa, Maggie Barrie foi a primeira com 52.62. Depois, destaque para a brasileira segunda colocada Giovana dos Santos, com 53.48. E completando o pódio a jamaicana Titania Markland com 53.55. Já nos saltos em distância, o primeiro colocado foi o uruguaio Emiliano Lasa, com 8m21. Enquanto na segunda colocação o brasileiro Alexsandro Melo, o Bolt, com 8m18, excelente marca. E o terceiro, completando o pódio, Ifeanyichukwu Otuonye representante das Ilhas Turcas e Caicos com 7m91.
“Eu sou o segundo do ranking mundial com 17.31 (no Salto Triplo), mas a gente não deixou de lado o salto em distância, a gente tá indo, treinando, com marca para as duas provas. Eu estou muito feliz, eu só tenho a agradecer. E a cada dia que está passando está vindo PB, PB, e assim que a gente vai chegar pra lutar com eles não deixar barato não, porque aqui é Brasil”, comemorou Alexsandro.
Pela primeira vez em uma competição da CBAt, tivemos duas provas paralímpicas. Nos 100m feminino, a primeira colocada foi a Thalita da Silva (T11) com 12.12, Lorena Spoladore (T11) ficou na segunda colocação com 12.13 e completando o pódio Viviane Soares (T12) com 12.32. Já no masculino, o destaque foi Petrúcio Ferreira (T47) na primeira colocação e com recorde mundial invalidado pelo vento, completou a prova com 10.37. Em segundo lugar Kesley Teodoro (T12) com 10.79 e Joeferson de Oliveira (T12) com 10.84. “A prova de hoje foi excelente devido ao cansaço e a gente só traz resultados maravilhosos”, definiu Thalita.
Arremesso de peso masculino, o nigeriano Chukwuebuka Enekwechi garantiu a primeira colocação com a marca de 21.77. O brasileiro já classificado para o Pan e o Mundial, Darlan Romani veio na sequencia com 21.69. Em terceiro ficou o norte-americano Curtiss Jensen com 20.40. Lançamento de disco feminino, gringa também no primeiro lugar, Valarie Allman, dos Estados Unidos, com 65.39. Na cola Andressa Morais fez 64.86, detalhe que a brasileira chegou a fazer mais de 65, mas acabou tendo a marca invalidada por ter queimado. Em terceiro Fernanda Martins com 61.62.
“A prova pra mim, por ser início de temporada, praticamente a minha primeira competição, eu fiz o torneio FPA e essa é a segunda. Foi muito boa, próximo da minha melhor marca. Eu fiz um lançamento que dava recorde brasileiro, mas infelizmente não consegui segurar, queimei. Isso é normal, por estar com falta de ritmo, mas isso me cria boas expectativas pra esse ano”, contou Andressa.
Na prova de 3.000m, que não está nos Jogos Pan-Americanos e nem na Olimpíada, o Brasil não chegou a figurar no pódio. Destaque para a quarta colocada Tatiana da Silva com 9m29s19. Já nos 400m com barreiras feminino, a única brasileira foi a terceira colocada Marlene dos Santos, com 56.79. E nos 1.5oom masculino nada de brasileiro no pódio também, Thiago André foi o quinto com 3m49s76.
No salto com vara, o campeão olímpico Thiago Braz não conseguiu passar dos 5.60 e o campeão foi o atleta do Pinheiros: Augusto Dutra, com 5.75m. Completaram o pódio German Chiaraviglio, da Argentina, com 5.60m e Audie Wyatt, dos Estados Unidos, com a mesma marca de 5,60.
“A competição do GP hoje foi uma excelente competição. Bem organizada. O que atrapalhou um pouquinho hoje foi o vento, estava bem lateral e todo saltador com vara sabe que o vento atrapalha porque atira o atleta do eixo. O atleta tem que fazer mais força na vara para fazer o salto, porém eu consegui passar por esse obstáculo e consegui fazer um bom salto com os 5,75m. O 5,85m que era minha próxima altura, eu não consegui fazer, porque já tinha comemorado bastante, gritado bastante e os 5,75m foi a minha melhor marca esse ano”, disse Augusto Dutra.
O Brasil não esteve no pódio na prova de lançamento de martelo e também 100m com barreiras feminino. Na prova de lançamento de martelo, o atleta da Grã-Bretanha fez 73.81, depois o húngaro Bence Halász fez 73.82 e o bielorusso Pavel Bareisha completou o pódio com 72.82. Nos 100m com barreiras feminino, a croata Andrea Vargas fez 12.78, depois a norme-americana Evonne Britton, com 12.80, Ebony Morrison, também dos Estados Unidos, com 13.01. Também sem Brasil, dobradinha dos Estados Unidos no arremesso de peso, com Jessica Ramsey com 18.90 e Daniella Hill, com 17.84. Fechando o pódio Cleopatra Borel, de Trinidad e Tobago com 17.49.