Nascido e criado na comunidade da Chacrinha, zona oeste do Rio de Janeiro, Ygor Coelho começou a jogar badminton com três anos de idade no quintal de casa. Tudo isso graças à Associação Miratus, projeto social montado no local por Sebastião Oliveira, pai do atleta. O garoto que, na época, era tão pequeno que pai o precisava cortar o cabo da raquete para que ele pudesse jogar, se transformou em ídolo para as crianças da comunidade e na grande referência da modalidade no país.Desde muito jovem começou a colecionar títulos. Do Campeonato Pan-Americano Júnior, ele foi campeão 12 vezes. Em 2014, conseguiu a vaga para disputar os Jogos Olímpicos da Juventude. O feito fez ele acreditar que poderia jogar a Olimpíada do Rio de Janeiro. Ygor foi atrás e conseguiu. Depois dos Jogos de 2016, a carreira dele decolou. Passou quase dois anos morando na França e treinando com a seleção do país. O intercâmbio fez o jogo do brasileiro evoluir e crescer no ranking mundial. Do 72º. lugar em 2016, ele chegou ao top 30 em março de 2018. E a evolução não parou por aí. Em termos continentais, o carioca já está criando uma hegemonia. Em 2017, foi campeão pan-americano adulto, título que ele repetiu em 2018. O domínio e forma com a qual ele ganhou os dois campeonatos o transformaram no grande favorito ao lugar mais alto do pódio nos Jogos Pan-Americanos de Lima em 2019. E Ygor não decepcionou: medalha de ouro em terras peruanas. A partir do segundo semestre de 2018, Ygor Coelho trocou a França pela Dinamarca. Além dos torneios válidos pelo circuito mundial, começou disputar a liga local, considerada uma das mais fortes do mundo.Jogando lá, o brasileiro desenvolva ainda mais seu jogo e se aproxime cada vez mais do nível dos principais jogadores do mundo.