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Olimpíada

STJ aceita habeas corpus e Nuzman é solto nesta sexta

 Na tarde desta quinta-feira (19), em decisão da 6.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) o pedido de habeas corpus para o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, foi aceito e Nuzman deve ser solto já nesta sexta-feira (20). A votação foi unânime, de quatro votos, com uma abstenção, do ministro Antônio Saldanha Palheiro. A relatora do caso é a ministra Maria Thereza de Assis Moura. Nuzman era acusado na Operação, que ficou conhecida como Unfair Play.

Nuzman foi solto, pois o colegiado do STJ considerou que a prisão era “desproporcional às imputações da denúncia do Ministério Público”. A relatora Maria Thereza de Assis Moura justificou dizendo que “Nem mesmo foi decretada a prisão preventiva do corréu, Leonardo Grymer, que tinha semelhante agir do paciente.Então, tendo em vista o juízo de proporcionalidade que este juízo costuma fazer, parece-me que se mostra desproporcional a prisão diante de um contexto de relativas imputações que recaem sobre o paciente e da atual situação”. A idade do réu também pesou na decisão. Assim, algumas medidas irão substituir a prisão. São elas:

  • Entrega do passaporte e proibição de sair do rio de Janeiro sem autorização prévia
  • Proibição de contato com os outros investigados da Operação Unfair Play
  • Proibição de frequentar as instalações do COB ou do Comitê Rio 2016
  • Obrigação de se apresentar à justiça sempre que intimado

Juntamente à denúncia de compra de votos, que foi o motivo principal para a prisão de Nuzman, na última quarta-feira (18), Carlos Arthur Nuzman foi denunciado por corrupção e organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas pelo Ministério Público Federal. Também foram acusados  o ex-diretor de operações e marketing do COB Leonardo Gryner; o ex-governador Sérgio Cabral, o empresário Arthur Soares e os senegaleses Papa Massata Diack e Lamine Diack por corrupção.

Relembre o caso

Suspeito de atuar na compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, foi preso na manhã de quinta-feira (5), em sua casa no Rio de Janeiro. Além dele, Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do comitê Rio 2016, também foi detido.

Um dos motivos da prisão temporária – decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal – efetuada pela Polícia Federal nesta manhã, segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi a tentativa de ocultação de bens. Entre eles, 16 quilos de ouro e valores em espécie.

Depois do cumprimento de um mandato de busca na casa de Nuzman no último mês, em desdobramento da operação “Unfair Play”, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro fez uma retificação na declaração do imposto de renda. De acordo com o MPF, foi uma tentativa de regularizar os bens até então não declarados à União.

Nuzman foi presidente do COB por 22 anos. Ele esteve preso nas últimas duas semanas em Benfica, no Rio de Janeiro.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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