Além de ser a competição nacional da modalidade, o Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, foi pela primeira vez, uma das etapas de seletiva para a formação da Seleção Brasileira da modalidade. Presente durante os dois dias de competições Marcos Goto, coordenador técnico da equipe nacional analisou a competição e o desempenho dos atletas neste fim de semana.
“Aumentou a competitividade, a pressão sobre os atletas aumentou um pouco, para fazer a média que vai levar para o Mundial teriam que fazer a média nos dois dias, no primeiro dia valendo para os especialistas e no segundo dia valendo para os individualistas, dessa forma eles tem que provar por competição que merece estar na seleção, equiparando melhor os atletas para as competições internacionais o que vai elevar o nível da seleção brasileira”, comentou Marcos Goto sobre a seletiva ser realizada em um campeonato brasileiro.
Flávia Saraiva e Diego Hypólito não participaram da competição por conta de lesões nas costas. questionado sobre a possibilidade dos dois ginastas estarem fora do Campeonato Mundial no Canadá, o coordenador técnico foi enfático. “Eu conto com todos, basta o atleta bater as metas e apresentar o resultado nas avaliações. Mostrando o resultado nas avaliações o ginasta vai para as competições representar o Brasil, independente de idade, tamanho, cor, é meta. Atingiu a meta vai para os campeonatos, não atingiu fica para treinar um pouco mais. O Campeonato Brasileiro era uma das etapas de avaliação, vão ter outras etapas até a convocação, ninguém está garantido na seleção ou no Mundial. Eu tenho uma semana para ver os resultados, depois serão divulgados os atletas que compõem a seleção hoje, para este ano. Para o Mundial ainda existe uma oportunidade de avaliação, este mês nos dias 21 e 22 e só depois dela é que será definido o grupo que vai para o Campeonato no Canadá.”
Como este ano a forma de montar a seleção brasileira mudou, Marcos Goto deixou claro como fará para montar a equipe que vai representar o país nas competições internacionais neste ano. “Os critérios para a definição da equipe serão anuais, eu penso que é a melhor maneira de se montar a equipe, ano após ano. Esse ano temos uma competição como meta, o Mundial para os especialistas, tendo quatro vagas para os especialistas de cada aparelho e dois generalistas, que fazem todos os aparelhos. Hoje para ir o atleta generalista teria que ter notas plausíveis para ficar entre os 24 melhores do mundo e os especialistas tem que ter notas finais próximas de uma final”.
Levando em consideração os resultados e o desempenho dos atletas, o coordenador técnico avaliou a competição nacional com saldo positivo para a formação da seleção.”O Campeonato Brasileiro clareou algumas decisões, não de deixa=ou com muitas dúvidas. No individual geral tivemos os primeiros colocados fazendo uma pontuação boa, plausível com o momento, não está excelente ainda, mas nós estamos na primeira avaliação, assim que todos começaram a treinar juntos, forem estipuladas as metas de cada um os resultados deles vão melhorando”.