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Brasil supera Itália e é campeão do Grand Prix pela 12a. vez

Seleção Brasileira supera Itália em um jogaço de cinco sets e conquista o Grand Prix de vôlei feminino pela 12ª. vez

Foi um jogaço digno de uma decisão de Grand Prix. Cinco sets de muita emoção. Mas ao final valeu a força da Seleção Brasileira. Um time renovado com só duas remanescentes, Natália e Adenízia, da Olimpíada do Rio de Janeiro. Campeã em Londres 2012, Tandara foi fundamental para a conquista em sua volta ao time depois de ficar de fora nos Jogos de 2016, assim como importante a evolução da defesa ao longo do campeonato e a confirmação do bloqueio como principal arma da equipe comandada por José Roberto Guimarães. O resultado disso tudo foi a vitória do Brasil na final por 3 sets a 2 com parciais de 26/24, 17/25, 25/22, 22/25 e 15/8 para conquistar pela 12ª. vez o título da competição.

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“O que resolve é o time. Não temos uma dessas jogadoras impressionantes que estão aparecendo pelo mundo como a Zhu (China), a Egonu (Itália) e a Boskovic (Sérvia), mas nós temos um time. Ganhamos porque passamos por perrengues e dificuldades que ajudaram o grupo a crescer. Felizmente hoje ganhamos e temos que comemorar muito. Foi o nono título com essa comissão técnica e foi, sem dúvida, o mais difícil de todos. Temos que comemorar”, disse o técnico José Roberto Guimarães.

Os destaques brasileiros foram Tandara e Natália, que marcaram 22 pontos cada. Além disso, o bloqueio fez toda a diferença. Foram 22 pontos neste fundamento contra 15 da Itália com destaque para Bia, que fez cinco, e Adenízia, que marcou quatro. Depois da final, Natália foi eleita a melhor jogadora do campeonato, enquanto Bia ficou com o título de melhor central.

O Brasil começou o jogo com o mesmo time que terminou a semifinal contra a Sérvia com Drussyla no lugar de Rosamaria e Adenízia e Bia como centrais junto com Tandara, Natália, Roberta e a líbero Suellen. Assim como no jogo anterior, a formação começou muito bem a final, chegando a abrir 7 a 3 e depois 9 a 4 no placar.

A Itália, no entanto, foi reagindo e passou na frente na reta final do primeiro set, chegou a fazer 21 a 19 numa bola virada por Egonu, depois 22 a 20 numa bola de segunda da levantadora Malinov e 23 a 21 quando Natália foi bloqueada. Apesar da desvantagem, o Brasil teve frieza para virar o placar e fechar a parcial em 26 a 24 num ataque para fora de Egonu.

No segundo set, a Itália voltou à quadra disposta a empatar o jogo e liderou o placar desde o começo. O Brasil manteve a partida equilibrada até 13 a 11 para as italianas, que a partir daí dispararam na frente para fechar com tranquilidade em 25 a 17 no ponto marcado por Bonifacio.

A facilidade com que a Itália terminou a parcial anterior fez José Roberto Guimarães mudar o time novamente. Gabi entrou como líbero no lugar de Suellen e o Brasil começou bem de novo, chegando a 5 a 4, mas levou quatro pontos seguidos. O 8 a 5 adverso no placar fez o treinador mexer de novo e colocar Rosamaria na vaga de Drussyla.

A alteração surtiu efeito imediato e a Seleção Brasileira reagiu para empatar em 9 a 9. Aos poucos, no entanto, a Itália disparou de novo e chegou a 18 a 11. A desvantagem não desanimou as jogadoras, que conseguiram uma virada incrível.

O Brasil fez seis pontos contra dois da Itália e enconstou em 20 a 17 quando Rosamaria foi para o saque. Dois pontos seguidos de ace da ponteira colocou a Seleção de novo o jogo. As italianas tinham apenas um de vantagem: 20 a 19.

Com a aproximação perigosa do Brasil, a levantadora Malinov resolveu apostar em Egonu. Na primeira bola, ela foi bloqueada por Bia. Depois, atacou para fora. E, na sequência, foi bloqueada por Natália. A Seleçao Brasileira estava finalmente na frente: 22 a 21.

Para chegar ao set point, Tandara cravou bonito a bola no chão e Egonu foi bloqueada outra vez, agora por Adenízia. Com 24 a 22, faltava um pontinho para que o Brasil fizesse 2 a 1. Foi a vez da Itália atacar. Malinov desistiu de Egonu e acionou Lucia Bosetti. O resultado, no entanto, foi o mesmo: bloqueio de Adenízia: 25 a 22 para a Seleção Brasileira.

Para o quarto set, José Roberto Guimarães voltou com Carol no lugar de Adenízia e o set começou da mesma maneira que o anterior com a Itália liderando o placar e disparando na frente para chegar a 19 a 12. O Brasil voltou para o jogo com um ataque para fora de Egonu seguido por três pontos de bloqueio de Natália, Tandara e Carol para diminuir para 19 a 16. Apesar de ter encostado, a Seleção Brasileira não conseguiu ultrapassar. As italianas chegaram ao set point com 24 a 19, três deles foram salvos, mas as europeias fecharam a parcial num ataque de Egonu para fazer 25 a 22.

A expectativa era de um tie-break muito duro por tudo o que tinha acontecido nos quatro sets iniciais, mas a Seleção Brasileira sobrou no momento de decidir o jogo. Na primeira parada técnica, a equipe já vencia por 8 a 3, uma diferença enorme numa parcial mais curta. No ataque de Tandara, o Brasil fez 12 a 5 e depois 14 a 6 para ficar bem perto do título. Para encerrar, apesar de dois pontos seguidos das italianas, o saque para fora de Lucia Bosetti encerrou a partida com vitória brasileira por 15 a 8.

 

 

 

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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