Diante de 13 mil pessoas na Arena Olímpica, Rio de Janeiro e Osasco fizeram um clássico disputadíssimo na final da Superliga feminina. A partida foi muito equilibrada e só foi decidida depois de acirrados cinco sets. A definição do campeão saiu no tie-break graças à atuação da central Juciely, que desequilibrou para levar a equipe dirigida por Bernardinho ao 12o. título de sua história. Veja no vídeo abaixo as entrevistas feitas pelo repórter Paulo Chacon.
O Rio de Janeiro começou o jogo em ritmo forte, abriu 5 a 1 logo de cara e depois 7 a 2. Mas aos poucos, Osasco reagiu e chegou a passar na frente no placar. Bernardinho parou o jogo e sua equipe voltou a comandar o duelo. Juciely foi o grande nome do primeiro set. A central marcou seis pontos na primeira parcial, o último deles foi bloqueando o ataque de Tandara para fechar o primeiro set em 25 a 19.
No segundo set, Luizomar de Moura colocou Gabi no lugar de Malesevic e a capitã de Osasco entrou muito bem na partida. O jogo foi ainda mais equilibrado do que na primeira parcial. Os times foram disputando ponto a ponto, sem que ninguém conseguisse abrir mais do que um de vantagem até que um erro de arbitragem beneficiou o time paulista.
Gabi atacou e a bola foi fora, mas a arbitragem viu o toque no bloqueio do Rio de Janeiro, fato que as imagens da televisão não mostraram, e Osasco abriu 23 a 22. No lance seguinte, Naty bloqueou Drussyla para finalmente conseguir colocar dois pontos de vantagem: 24 a 22. Para fechar o set, depois de um rallye muito disputado, Tandara chegou a 13 pontos na partida ao cravar a bola da linha dos três metros na quadra adversária.
No terceiro set, novos personagens assumiram o protagonismo. Pelo lado de Osasco, Paula passou a ser mais acionada, marcou três pontos seguidos no começo da parcial para fazer 5 a 4 para a equipe paulista. Corajosa, Drussyla, pelo Rio de Janeiro, cresceu na partida, marcou sete pontos e passou a ser a maior pontuadora de sua equipe com 15.
Luizomar de Moura lançou mão de Carol Albuquerque no lugar de Dani Lins e pôs em quadra as estrangeiras Malesevic e Bjelica, que marcou dois pontos seguidos para empatar o jogo em 22 a 22. Mas Drussyla provou que estava com a mão boa para colocar o Rio de novo na frente e, na sequência, ganhou a companhia de Monique, que bloqueou Paula para conseguir o set point para o time de Bernardinho.
Coube então a Drussyla forçar o saque para dificultar a recepção de Osasco, que devolveu a bola de primeira. Na rede, Monique não vacilou e cravou a bola para fazer 25 a 22 para o Rio de Janeiro.
Com a desvantagem de 2 a 1, Osasco voltou à quadra disposto a reduzir os erros e levar a partida para o tie-break. Aos poucos, o time paulista foi abrindo vantagem até que Bernardinho foi obrigado a parar o jogo quando o placar apontava 8 a 4. A bronca do treinador não foi suficiente para acordar o Rio de Janeiro, que chegou a estar nove pontos atrás: 19 a 10.
O time carioca marcou quatro pontos seguidos, chegou a diminuir a diferença para cinco pontos, mas a reação parou por aí e com um ponto de Gabi, que marcou cinco no quarto set, fechou a parcial com tranquilidade para Osasco por 25 a 18.
Antes do quinto set, as maiores pontuadoras eram Tandara com 21 pontos e Drussyla com 20. Mas quem roubou a cena no tie-break foi a central Juciely. A jogadora de 36 anos desequilibrou ao marcar seis pontos no começo da parcial em que o Rio de Janeiro abriu 11 a 3 de vantagem.
O primeiro erro de Juciley no tie-break foi o saque que ela mandou para fora, que fez a diferença cair para 11 a 5. Mas ela já tinha o papel dela e desequilibrado completamente o adversário. Aí coube a Drussyla, que fez a torcida nem perceber a atuação apagada de Gabi, marcar seu 21o. pontos e colocar 12 a 5 no placar. Na sequência, Roberta fez um ace para abrir 13 a 5. Osasco esboçou uma reação com uma bola de segunda de Dani Lins, mas Monique marcou os dois últimos pontos e fechou a vitória arrasadora do Rio de Janeiro no set de desempate por 15 a 6.
