Dona de duas medalhas de ouro olímpicas e de seis títulos do Grand Prix, Thaísa garantiu mais uma conquista para a sua galeria neste domingo. Jogando pelo Eczacibasi Vitra, da Turquia, a brasileira foi campeã do Mundial de Clubes, disputado em Manilla, nas Filipinas. É a segunda conquista deste tipo da jogadora que em 2012 levantou o caneco pelo Osasco.
Na final deste domingo, o Eczacibasi Vitra, que chegou ao bicampeonato mundial, teve vida dura contra o Pomi Casalmaggiore, atual campeão europeu. O jogo foi muito equilibrado e só foi definido no tie-break. Thaísa contribuiu com dez pontos, cinco de ataque, três de bloqueio e dois de saque, mas o destaque da decisão foi a russa Tatiana Kosheleva, que marcou 23.
Mas do lado do Pomi Casalmaggiore, a croata Samantha Fabris, que fez 22 pontos, também estava inspirada. O resultado disso só podia ser um jogo muito disputado. A equipe turca venceu o primeiro set por 25 a 19, mas o campeão europeu empatou com 25 a 20 em seguida. O Eczacibasi voltou à frente com 25 a 19 e o time italiano empatou de novo com 25 a 22 na quarta parcial e levou a decisão para o tie-break.
No set decisivo, a disputa foi ponto a ponto até quando o placar estava em 10 a 9 para o Pomi Casalmaggiore. Foi neste momento que a turca Neslihan Damir foi para o saque e fez a diferença. Foram três pontos diretos. Nos dois primeiros, ela dificultou a recepção das campeãs europeias, o que fez a italiana Lucia Bosetti parar no bloqueio da americana Adams e depois mandar a bola para fora no ataque seguinte. No terceiro, ela conseguiu um ace e abriu 12 a 10 de vantagem para o Eczacibasi.
Com uma bola de segunda da levantadora americana Carli Lloyd, o Casalmaggiore voltou a encostar no placar e o empate poderia ter saído no lance seguinte. Num ataque de Kosheleva, a arbitragem deu bola fora, mas, no desafio, percebeu-se o toque no bloqueio e o ponto foi da equipe turca: 13 a 11. Na sequência, uma largadinha da americana Jordan Larsson deixou o Eczacibasi a um ponto do título, que veio com um ace de Kosheleva.
Na disputa pelo terceiro lugar, outra vitória turca. O Vakifibank garantiu a medalha de bronze ao bater o Volero Zurich, da Suíça, por 3 a 1 (25/14, 21/25, 25/22 e 25/11). Já o Rexona-Sesc, dirigido pelo técnico Bernardinho, só perdeu para os dois finalistas e neste domingo assegurou o quinto lugar ao derrotar o Hisamitsu Springs por 3 a 2 (20/25, 25/22, 25/15, 30/32 e 15/7). O sétimo lugar ficou com o Bangkok Glass, da Tailândia, que venceu por 3 a 0 o PSL All Stars, das Filipinas (25/16, 25/23 e 25/20).
No jogo de despedida do Rexona no Mundial, o destaque foi Monique, maior pontuadora ao marcar 21 pontos, um a mais do que Juciely. A grande diferença do duelo foram os bloqueios. O time carioca conseguiu 21, nove de Juciely e sete de Carol, e também marcou oito pontos de saque contra sete do adversário.
“As japonesas foram incríveis. Elas defenderam o tempo todo e fizeram um bom trabalho. Foi muito difícil ganhar o jogo hoje no tie-break. Então, eu estou feliz de terminar o torneio em quinto lugar. Elas tem um time muito técnico na defesa e no ataque. Nós cometemos pequenos erros e precisamos ser fortes o tempo todo porque esse torneio tem os melhores times do mundo. Nós não podemos errar, não podemos jogar mal. Então, eu aprendi muito jogando contra as melhores jogadoras do mundo. Estou feliz por jogar este Mundial e espero poder jogar no Japão ano que vem”, afirmou Gabi, se referindo ao Mundial de 2017, que será realizado em Kobe, no Japão, cidade do Hisamitsu Springs.
