Jogo disputado, pressão da torcida e muito frio no Estádio Fiscal de Talca. Este foi o cenário da conquista da Seleção Brasileira Sub-20, que levantou o caneco do Quadrangular de Seleções neste domingo (16) ao empatar em 1 a 1 com os donos da casa, o Chile. Foi a primeira conquista da geração que vai ser a base da que vai representar o país nos Jogos de Tóquio em 2020 para tentar o bicampeonato olímpico.
Apesar de contar com a vantagem do empate para conquistar o título, a Seleção Brasileira não jogou de forma defensiva em nenhum momento. Pelo contrário. Já nos primeiros minutos, em falta cobrada por Matheus Sávio, acertou o travessão chileno.
A ofensividade brasileira foi premiada aos 32 minutos do primeiro tempo. Lucas Paquetá fez bela jogada pela direita, deixou o zagueiro no chão e rolou em profundidade para Felipe Vizeu. O camisa 9 emendou de primeira, cruzado e certeiro, e abriu o placar.
Depois de terminar o primeiro tempo sem levar sustos, a Seleção Brasileira voltou para o segundo tempo com Jefferson no lugar de Marlon, que já tinha cartão amarelo, na lateral-esquerda.
O Chile, por sua vez, entrou melhor no segundo tempo e ensaiou uma pressão que terminou em gol, após lance de muita confusão dentro da área brasileira.
Após o gol, Rogério Micale colocou Léo Jabá e Ravanelli nos lugares de Giovanny e Lucas Paquetá, respectivamente. Depois foi a vez de Matheus Fernandes substituir Matheus Sávio.
O jogo seguiu igual, com muita disputa no meio-campo, mas a rede não voltou a balançar. Sendo assim, a Sub-20 conquistou o título e levantou a taça.
“Na minha vida está tudo acontecendo muito rápido. Cheguei no Atlético em janeiro e desde aí só coisas boas estão acontecendo. É minha segunda convocação com a Seleção. Nessa eu tive a oportunidade de ser capitão e graças a Deus conquistamos o título do quadrangular”, afirmou Caio Henrique, pouco depois de ter erguido o troféu de campeão. “Começamos bem o jogo, sabíamos da pressão que o Chile ia fazer, mas a gente soube administrar a partida. O empate era nosso. Claro que eles dificultaram no segundo tempo, mas nada fugiu do nosso controle e conseguimos segurar o empate”, analisou o capitão.
“A importância desse torneio é que foi um preparativo para o Sul-Americano (que será disputado em janeiro no Equador). Ganhar é fundamental, mas o principal foi poder observar jogadores que a gente só tinha visto em treinamento. A campanha foi interessante, duas vitórias e um empate. Isso mostra a consistência que o futebol brasileiro está retomando. Tivemos conquistas em duas categorias neste fim de semana. Dá a condição de vermos quem vai disputar na Sub-17 e na Sub-20 o Sul-Americano”, analisou Erasmo Damiani, coordenador das categorias de base da CBF, se referindo à Seleção Sub-17, que conquistou o título da Brics Cup no sábado na Índia.
“Aqui no Chile tivemos 11 jogadores dos 22 convocados que nunca tinham jogado pela Seleção. Foi interessante vê-los jogar com a torcida adversária, do mesmo jeito que vamos encontrar no Equador. É bom jogar esse tipo de competição para o amadurecimento futuro deles”, finalizou.
