Depois de 25 anos longe das quadras, o Fluminense voltou ao vôlei feminino em grande estilo. Em março, venceu a seletiva para a Superliga e garantiu um lugar para disputar pela primeira vez o principal torneio nacional do país. Mas nesta quinta-feira, o feito foi ainda maior. O Tricolor impediu o Rexona, do técnico Bernardinho, de conquistar seu 13o. título estadual seguido, e sagrou-se campeão carioca ao vencer por 3 sets a 2, com parciais de 25/23, 13/25, 21/25, 25/20 e 16/14.
“Foi emocionante. Nosso time se superou. Não é fácil jogar com o Rexona. Não é fácil ganhar do Bernardinho. Mostramos que estamos preparadas para jogar de igual para igual com qualquer time do Brasil” afirmou empolgada a experiente Sassá, de 33 anos, campeã olímpica em Pequim 2008.
Dono dos últimos 12 títulos cariocas, o Rexona chegou à final como o grande favorito. Além da história a seu favor, o time de Bernardinho venceu o Fluminense por 3 a 0 na última terça-feira, último jogo da fase de classificação, por 3 sets a 0, sem dar chances para o adversário, com parciais de 25/18, 25/15 e 25/18.
Mas, na decisão, a história foi diferente. O ginásio do Tijuca não chegou a lotar porque, por motivos de segurança, a Polícia Militar só liberou a entrada de 600 torcedores. Mas eles gritaram como se fossem milhares empurrando o Tricolor em um Fla-Flu.
O apoio da torcida contagiou o time que surpreendeu ao vencer o primeiro set por 25 a 23. No segundo set, no entanto, as coisas pareceram voltar ao normal. O Rexona dominou completamente o jogo e venceu fácil: 25 a 13. No terceiro set, nova vitória das comandadas de Bernardinho por 25 a 21.
Tudo indicava para mais um final feliz para o Rexona. O 13o. título seguido parecia estar a caminho. Mas o Fluminense foi heróico ao vencer o quarto set por 25 a 20 e levar a decisão para o tie break. Na parcial decisiva, o Tricolor chegou a ficar quatro pontos atrás no placar, mas se superou, virou e levantou a taça de campeão carioca ao vencer por 16 a 14 num final de jogo emocionante que levou a torcida presente no Tijuca ao delírio.
Um título que enche de esperança a torcida do Fluminense, que verá a partir de outubro o time participar pela primeira vez da Superliga. Otimismo não vai faltar, já que o título carioca foi conquistado exatamente em cima do Rexona, que é o maior campeão nacional da história do vôlei feminino brasileiro.